Médico veterinário e gerente da fazenda explica que o procedimento não é doloroso para o animal.

Fazenda realiza fertilização in vitro em vacas para reprodução em Lins — Foto: Reprodução/TV TEM

Fazenda realiza fertilização in vitro em vacas para reprodução em Lins — Foto: Reprodução/TV TEM

Uma fazenda localizada no município de Lins (SP) possui diversas vacas da raça GIR, que produzem, em média, 26 litros de leite por animal. Isso coloca a propriedade entre as 100 maiores produtoras do Brasil, ocupando a 96ª colocação.

O leite dessas vacas vai para a produção de queijos e outros laticínios. Segundo o médico veterinário Willian Ribeiro Fernandes, o leite é vendido para laticínios da região.

“Nosso leite é ótimo em índices de gordura e proteínas. Quanto maior a produção, melhor para o laticínio. No nosso caso, temos um volume bom, por isso sempre procuram”, diz.

O veterinário explica que a fazenda está há aproximadamente sete anos no ramo e cresce a cada dia mais. “Começamos com 400 litros e hoje estamos com 15 mil litros e a tendência é só crescer. Temos um projeto para chegar a 20 mil litros”, conta.

Mas, antes de chegar à fase da ordenha, um longo caminho é percorrido. É em meio ao silêncio que o principal procedimento para a reprodução de vacas leiteiras é feito. A médica veterinária Camila Frade conta que, em um laboratório, uma fertilização in vitro é realizada em três etapas.

“São os óvulos da doadora, que é a vaca. A segunda parte a gente coloca os espermatozoides e a terceira etapa são as condições para que esse óvulo desenvolva”, explica.

Fazenda realiza fertilização in vitro em vacas para reprodução em Lins

Fazenda realiza fertilização in vitro em vacas para reprodução em Lins

Momentos depois, o embrião é feito com sucesso, mas, a partir daí, ele entra na parte de desenvolvimento. Para isso, é preciso deixá-lo em uma incubadora durante sete dias.

Do laboratório, a fertilização in vitro (FIV) é feita em um espaço sem maiores complicações. É aí que entram em ação mais funcionários da fazenda. O trabalho dura, no máximo, 30 minutos em cada animal, que não sofre nenhum desgaste.

O veterinário e gerente da fazenda, Juliano Vilar Cattiste, explica que este procedimento não é doloroso para o animal, pois todos são submetidos a transferência de embrião e elas são anestesiadas durante todo o processo.

“Acaba sendo uma rotina, porque uma pecuária de leite, se um rebanho não anda corretamente, se não tem vaca produzindo leite, então é para ser um método rentável, a reprodução tem que estar bem afinada”, explica.

No pasto, todos os bezerros foram frutos da fertilização em laboratório. Na fazenda, todos eles se desenvolvem mais rapidamente e, com 13 meses, já recebem também um embrião para o ciclo da reprodução seguir em frente.

Depois de 24 meses do nascimento, cada animal vai para o pasto para produzir e gerar renda na propriedade. No final, do total de venda do leite, os donos ficam com 15% dos ganhos.

Companhia do interior de São Paulo deve faturar mais de R$ 1 bilhão e descarta boatos de venda; mirando um eventual IPO, o plano é crescer com M&As, com dois negócios já no gatilho.

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