Com o tema Como economizar leite na criação de terneiras na propriedade, a médica veterinária e extensionista da Emater/RS-Ascar de Pelotas, Mara Saalfeld, palestrou para integrantes do Grupo de Leiteiros do Morro Redondo na última quinta-feira (24/03), no Centro de Eventos Valdino Krause. O primeiro encontro do ano, sendo a terceira atividade do grupo, foi organizado pela extensionista rural Adriane Lobo, do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar do Morro Redondo.
Ao repassar orientações para a correta criação da terneira e como obter animais saudáveis e bem desenvolvidos, Mara orientou sobre a técnica simples da produção de silagem de colostro, que nada mais é do que uma forma de armazenamento do colostro, para posterior uso na criação das terneiras, em substituição ao leite, que então pode ser vendido, transformado em outro produto ou consumido pelo produtor, gerando uma renda extra de mais de R$ 600,00 por terneira criada.
O colostro é produzido pela vaca imediatamente após o parto e geralmente a produção é maior do que é consumida pelo filhote, já que o mesmo só poderá consumir 10% do seu peso em 24 horas, ressalta Mara, ao orientar que o colostro excedente poderá ser ordenhado e acondicionado em garrafas pets, guardadas no galpão, dispensando refrigeração, com durabilidade de até dois anos.
Além de utilizar como substituto do leite, o colostro pode ser utilizado em animais que apresentem diarreia, já que é um excelente probiótico.
As propriedades do colostro, em comparação com o leite, são enormes em se tratando de nutrientes, tendo 2,5 vezes mais proteínas, sendo essas, em grande parte, justamente aquelas que transferem imunidade aos recém-nascidos. Assim, além de ser uma forma de economizar o leite, que poderá ser vendido ou aproveitado de outra forma, a vantagem nutricional do colostro acaba por gerar animais mais saudáveis e resistentes às doenças.
Obviamente outros cuidados deverão ser tomados para que as terneiras cresçam saudáveis, como oferta de água limpa e de qualidade à vontade para os animais, oferecimento de ração e feno de boa qualidade, vacinações e desverminações, além de cuidar do bem-estar animal, ou seja, que tenham um local confortável, seco e limpo para passarem suas horas, abordou Mara em sua palestra
Durante a explanação, foram feitos vários questionamentos e tiradas várias dúvidas com a palestrante. Todos acharam um evento muito produtivo e esclarecedor e já estão aguardando a próxima reunião, que deverá ocorrer no mês de abril, avalia a extensionista Adriane Lobo.