Embora tenha havido crescimento na importação de todos os grupos de produtos, chama a atenção, as compras de leite em pó integral. Depois de terem aumentado 302% em setembro, na comparação interanual, cresceram 313% em outubro.
São três meses consecutivos em que as compras de leite em pó batem o recorde para o mês, fazendo com que no acumulado do ano, os gastos com o produto fiquem abaixo apenas dos registrados em 2016.
As importações de queijos também subiram 25%, em valores, na comparação interanual, e cresceram apenas 2,4% em volume.
Como também houve crescimento nas compras de leite em pó desnatado, a categoria NCM 0402 no acumulado do ano subiram 198% em relação ao mesmo período de 2021.
Assim, as importações brasileiras de produtos lácteos de janeiro a outubro de 2022 são as maiores já registrada pela série histórica, desde 2006.
No mês de outubro a Argentina liderou as vendas de lácteos para o Brasil. Foram US$ 36.150 mil em produtos NCM 0402, justamente leites em pó; US$ 3.200 mil de NCM 0404; US$ 2.599 mil de NCM 0405 e US$ 13.268 mil de queijos, que representaram 60% de todas as compras. O Uruguai veio em segundo lugar, enviando especialmente leites em pó, US$ 25.946 mil, e queijos, US$ 1.857 mil.
No acumulado do ano também o mercado brasileiro é ocupado com as importações da Argentina e Uruguai, que juntos representaram 91% de nossas importações, em dólar, e 92% dos volumes internalizados nos dez primeiros meses do ano.