O setor leiteiro está aguardando o governo ter uma definição sobre as tarifas antidumping contra a importação de lácteos da União Europeia e da Nova Zelândia.
O setor leiteiro está aguardando o governo ter uma definição sobre as tarifas antidumping contra a importação de lácteos da União Europeia e da Nova Zelândia. No entanto, decisão deve ser tomada pelo Ministério da Economia até o dia 6 de fevereiro.

Segundo o Presidente da Comissão Nacional de Pecuária e leite da CNA, Rodrigo Alvim, essa situação era para estar resolvida em maio do ano passado, quando o pedido foi protocolado no ministério do governo de Michel Temer. “O ministério solicitou a prorrogação do processo, mais documentos e mais argumentos em que a CNA prontamente atendeu. Porém, nós estamos muito apreensivos”, comenta.

A preocupação do mercado brasileiro é com europeus que tem 250 mil toneladas de leite em pó estocadas e não tem para quem comercializar. “O grande problema da Europa é que subsidia violentamente a sua produção e a exportação. Concorrer com o leite da Europa significa competir com o tesouro da comunidade européia”, afirma.

Atualmente, a tarifa antidumping é 3,9 para a Nova Zelândia e 14,8% para a União Europeia. Caso as tarifas não venha ser mantida o mercado brasileiro corre o risco de ter um excesso do produto e derrubar os preços internos. “Somando essas tarifas compensatórias de dumping ao imposto de importação tem 28%, por tanto se para importar leite da Europa tem que pagar 42,8% de imposto e para a Nova Zelândia 31,9%”, diz a liderança.

As medidas antidumping da União Europeia foram aplicadas em fevereiro de 2001 e quando foram aplicadas verificou também antidumping da Argentina, Nova Zelândia, Uruguai e Austrália. “No caso da Austrália como as importações eram muito pequenas não foi por dano casual. Já a Argentina ficou estabelecido que não poderia exportar a um preço inferior ao da Nova Zelândia”, relata.

Na época que o Brasil adotou as medidas antidumping não era auto-suficiente na produção de leite. “É importante ressaltar que o país importava, pois não tinha condições de concorrer com o produto subsidiado da Europa. Nos momentos que foram aplicadas as tarifas, o Brasil cresceu em dez anos mais de 10 bilhões em litros de leite por ano”, destaca.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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