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13 nov 2025
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Ter intolerância à lactose não significa cortar todos os laticínios. Queijos maturados, iogurtes fermentados e produtos “sem lactose” podem fazer parte da alimentação, com moderação e orientação.
Quem tem intolerância à lactose pode aproveitar alguns laticínios, graças às opções fermentadas e aos produtos sem lactose.
Quem tem intolerância à lactose pode aproveitar alguns laticínios, graças às opções fermentadas e aos produtos sem lactose.

No Brasil, mais da metade da população apresenta algum grau de intolerância à lactose, de acordo com dados do laboratório Genera. Essa condição ocorre quando o corpo não produz quantidade suficiente de lactase, a enzima responsável por quebrar a lactose, o açúcar natural do leite. O resultado é um processo digestivo mais lento e sintomas como gases, inchaço, cólicas e diarreia.

Mas os especialistas reforçam que intolerância à lactose não é sinônimo de eliminar todos os laticínios da dieta. Existem diferentes níveis de intolerância e uma ampla variedade de produtos que podem ser bem tolerados, desde que sejam escolhidos e consumidos com consciência.

Laticínios que podem ser consumidos com segurança

Entre as opções mais indicadas estão os queijos duros e maturados, como parmesão, suíço, provolone e grana padano. Durante o processo de maturação, boa parte da lactose é naturalmente degradada, tornando esses queijos mais fáceis de digerir para pessoas sensíveis.

O iogurte natural e os produtos fermentados, como o kefir, também se destacam. As bactérias vivas presentes nesses alimentos consomem parte da lactose, reduzindo o desconforto intestinal e ainda contribuindo para o equilíbrio da microbiota, o que favorece a imunidade e a saúde digestiva.

Outros produtos, como a manteiga e o creme de leite, contêm quantidades muito pequenas de lactose e, em geral, podem ser incluídos ocasionalmente na dieta, respeitando sempre a tolerância individual de cada pessoa.

O crescimento dos produtos “sem lactose”

Nos últimos anos, os laticínios sem lactose revolucionaram o mercado brasileiro. Hoje, é possível encontrar versões adaptadas de leite, iogurte, queijos e até sobremesas, todas tratadas com a enzima lactase — que quebra o açúcar do leite antes do consumo. Dessa forma, o sabor, a textura e os nutrientes são preservados, mas sem causar desconforto digestivo.

Esses produtos não beneficiam apenas quem tem intolerância à lactose, mas também contribuem para uma alimentação mais inclusiva e acessível. A indústria láctea brasileira tem investido fortemente em inovação e pesquisa, desenvolvendo laticínios funcionais adaptados a diferentes perfis de consumidores, desde os que buscam bem-estar até os que seguem dietas restritivas.

Moderação, informação e acompanhamento médico

Nutricionistas recomendam uma abordagem gradual, conhecida como “teste de tolerância supervisionado”, que consiste em introduzir pequenas porções de laticínios e observar como o corpo reage. Em muitos casos, quantidades moderadas, especialmente quando consumidas junto com outros alimentos, são bem aceitas.

É importante também diferenciar a intolerância à lactose da alergia à proteína do leite. Enquanto a intolerância afeta o sistema digestivo e provoca sintomas desconfortáveis, a alergia envolve o sistema imunológico e pode causar reações graves, como urticária e dificuldade respiratória.

Eliminar completamente os laticínios sem orientação profissional pode levar a deficiências nutricionais importantes, como a falta de cálcio, fósforo e vitamina D, fundamentais para a saúde óssea e muscular. Por isso, o acompanhamento com um médico ou nutricionista é essencial para garantir uma alimentação equilibrada e segura.

Educação alimentar e escolhas conscientes

Com o aumento da conscientização sobre saúde e bem-estar, mais consumidores buscam informações confiáveis e soluções práticas para manter o equilíbrio alimentar. A educação nutricional é uma ferramenta fundamental para que as pessoas com intolerância à lactose possam continuar aproveitando os benefícios dos laticínios, sem abrir mão do prazer de comer bem.

Afinal, viver com intolerância à lactose não significa renunciar a esse grupo de alimentos. Com conhecimento, orientação e moderação, é possível adaptar a dieta e manter uma rotina alimentar rica e prazerosa.

Adaptado para eDairyNews, com informações de O Sul.

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