Eleito 10 vezes o melhor do Brasil, o doce de leite do Laticínio Viçosa está em processo de adequação para conseguir certificação internacional de segurança alimentar. Marca nasceu dentro do Laticínio Escola da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais.

Eleito 10 vezes o melhor do Brasil, o doce de leite do Laticínio Viçosa está em processo de adequação para conseguir certificação internacional de segurança alimentar. Marca nasceu dentro do Laticínio Escola da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais.

Thais Sousa
tsousa@anba.com.br

São Paulo – Eleito o melhor doce de leite do Brasil por dez vezes no Concurso Nacional de Produtos Lácteos, o produto do Laticínio Escola Viçosa deve ganhar também espaço no mercado externo. O projeto para exportação do Doce de Leite Viçosa está em fase inicial de estudos de viabilidade, mas Aristides Dias, gerente geral do Laticínio Escola, adiantou à ANBA que há uma demanda muito grande por comerciantes de outros países.

A produção de doce de leite representa, hoje, de 55% a 60% do volume de tudo que é produzido no laticínio mineiro e, até agosto deste ano, o doce totalizou 60% do faturamento. “No momento, estamos em processo de adequação para conseguirmos atender à FSSC 22000, uma norma que consiste em uma certificação internacional de segurança alimentar, que facilitará todo esse processo de exportação”, explicou Dias, em entrevista por e-mail.

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Divulgação

Aristides Dias explica que há interesse do mercado externo pelo produto brasileiro

A indústria mantém contato direto com os produtores para conseguir manter a qualidade em larga escala. “Nesse amplo universo leiteiro, o bom relacionamento com os produtores é fundamental. Contamos com colaboradores focados na verificação ao atendimento às legislações vigentes e orientação constante para práticas de melhoria contínua junto aos produtores”, contou o gerente.

Os laços tornam possíveis processos como o de rastreabilidade. “Além de ser uma aliada para a garantia da qualidade dos alimentos, é benéfico para o produtor e fundamental para garantir a origem e a qualidade do produto”, acrescentou Dias sobre o sistema.

Como o nome já diz, a história do laticínio caminha lado a lado com a educação. Fundada em 1971 pelo professor dinamarquês Beck Anderson, a Usina Piloto de Laticínios foi criada com o objetivo de ser um laboratório de apoio às aulas práticas em leite e derivados do Departamento de Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Viçosa (UFV). O doce de leite, inclusive, surgiu para consumo dos estudantes da universidade e com tecnologia desenvolvida pelo Departamento de Tecnologia de Alimentos da UFV.

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O doce de leite nasceu como produto de tecnologia desenvolvida na Universidade Federal de Viçosa

No início, as matérias-primas eram obtidas exclusivamente da fazenda da universidade, os produtos eram fabricados de forma artesanal e, além dos alunos, apenas os clientes do refeitório da instituição de ensino provavam o doce. Com a excelente aceitação dos primeiros produtos obtidos nas aulas, leite, queijo e requeijão em barra, e o excedente da produção, o laticínio passou a comercializar seus produtos para a população do município de Viçosa, polo da universidade.

Com o aumento na demanda pelos produtos, foi preciso uma estrutura administrativa e industrial para organizar todo o processo produtivo, compra de insumos e venda do produto. Ainda hoje as instalações também servem como laboratório para o ensino, pesquisa, extensão e inovação da universidade. Anualmente, a escola recebe em média 1.500 estudantes com aulas práticas, estágios e desenvolvimento de trabalhos acadêmicos, além de atender 50 instituições de ensino de diversas localidades Brasil, e ter 40 estágios oferecidos para alunos de diversas áreas acadêmicas.

Para seguir conquistando mercados, a marca cria constantemente sabores e produtos. Um dos produtos lançados recentemente pela marca é o Doce de Leite Viçosa com café que, segundo Dias, tem sido bem recebido pelo público e alcançado bom número de vendas. “O Laticínio Escola se tornou uma referência no Brasil e no exterior, provando que é possível associar conhecimento e produção industrial com a aplicação correta de recursos para gerar mais receita em benefício acadêmico, além de produzir tecnologia inovadora e fomentar o desenvolvimento do mercado”, destacou o gerente geral.

Companhia do interior de São Paulo deve faturar mais de R$ 1 bilhão e descarta boatos de venda; mirando um eventual IPO, o plano é crescer com M&As, com dois negócios já no gatilho.

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