De acordo com o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa-PB), Vanildo Bezerra, a lei está em vigor, porém ainda não foi regulamentada. Falta a designação do órgão fiscalizador por parte do executivo. Bezerra afirmou ao Portal DBO que os produtores pretendem buscar a conciliação de interesses em reunião junto a ambientalistas e representantes do setor produtivo nos próximos dias. Se não houver consenso, a saída será buscar medida judicial.
“Não iremos suspender as atividades de inseminação enquanto a lei não for concedida. Já fui questionado por produtores se eles podem continuar fazendo [a inseminação artificial nas vacas], e a informação é que sim. Não está havendo fiscalização quanto a isso, nós estamos em fase de negociação”, afirma o vice-presidente da Federação.
A pesquisadora e médica-veterinária da Embrapa Gado de Leite, Alessandra Nicácio, diz não acreditar que a inseminação sozinha possa trazer prejuízos ao animal, já que a técnica não manipula o ciclo reprodutivo, mas aproveita o momento ideal observado durante o cio das fêmeas (momento fértil do animal apresentado, em média, a cada 21 dias) . “O procedimento da inseminação, quando bem executado, não causa mal ao animal”, explica.