As importações de derivados lácteos voltaram a reagir em novembro, somando 23 mil toneladas, altas de 3,2% frente ao mês anterior e de expressivos 105% em relação a novembro/19, segundo dados da Secex. Apesar do alto patamar do dólar no mês, de R$ 5,42, a moeda norte-americana ainda esteve 4% inferior à média de outubro, atraindo importadores brasileiros a realizarem novos negócios. Além disso, o cenário doméstico de oferta de leite limitada e de demanda aquecida também influenciou as compras externas em novembro. Dados da Secex apontam que o volume de leite em pó, que representou 74,1% do total importado no mês, aumentou 3,6% frente a outubro/20 e expressivos 166% em relação a novembro/19, totalizando 17 mil toneladas. Ressalta-se que, em novembro/19, apenas 6,4 mil toneladas do derivado foram importadas. A Argentina e o Uruguai foram fornecedores de 97% do total adquirido pelo Brasil.
Já as exportações caíram 17,4% de outubro para novembro, somando 2,9 mil toneladas de produtos lácteos. Os embarques de leite condensado diminuíram 49% em relação aos do mês anterior, somando 776 toneladas. De outubro para novembro, o Chile reduziu em 64% as compras do derivado brasileiro. Com isso, a balança comercial registrou déficit de US$ 63,4 milhões em novembro, aumento de 6,3% frente ao de outubro/20 e expressiva alta de 102% em relação ao de novembro/19. Em volume, o déficit cresceu 7,2%, totalizando 20,1 mil toneladas. No balanço de 2020 (de janeiro a novembro), o volume importado de lácteos subiu 15% frente ao mesmo período do ano anterior, somando 151,7 mil toneladas, contra 132,1 mil t em 2019. As exportações também alavancaram em 2020, registrando elevação de 32% em comparação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 29,8 mil toneladas, contra 22,5 mil toneladas embarcadas em 2019.