Além conhecerem os sistemas de ordenha e de alimentação dos animais, os participantes do dia de campo assistiram a palestras de convidados, que abordaram temas relacionados à bubalinocultura.
Criador desde 2004, o dono da fazenda, Guilherme Aydos, disse que a seleção de búfalas da raça Murrah é a mais adequada para pequenas propriedades leiteiras. Ele mostrou as instalações de ordenha, o manejo, as novilhas, o Sistema Voisin e as ações de preservação ambiental.
Segundo a presidente da Ascribu, Desireé Möller, esse tipo de atividade busca levar conhecimento aos estudantes, criadores e interessados:
“Hoje tivemos um ciclo com vários temas de palestras. O búfalo é um animal que se adapta a qualquer tipo de situação, desde condições climáticas a questões de estratégia. Em uma pequena propriedade leiteira, temos a oportunidade com os queijos artesanais e queremos expandir isso para os pequenos produtores. O importante foi apresentar essas situações aos produtores.”
A programação contou com temas como “A Qualidade do Leite Bubalino e o Desenvolvimento de Produto”, com a zootecnista e mestranda do Grupo de Estudos Bubalinos (Gebu), da Ufrgs, Vitória Di Domênico; “Produção de Bubalinos: Você Sabe Oferecer Conforto Térmico”, com a também zootecnista e mestranda do Gebu da Ufrgs Cindy Ximenes; e “Geração de Renda com Leite de Búfalas”, com a médica veterinária Angela Schirmer.
De acordo com pesquisas do Lactbu da Ufrgs, com dados do leite de búfala produzido no Rio Grande do Sul, avaliando sua propriedade físico-química de g/100g, o percentual de gordura do produto tem média de 5,5, de proteína de 4,06, de lactose de 5,07.
Além disso, o leite se destaca pelo seu sabor adocicado, maior rendimento, elevado teor de cálcio e fósforo, baixo teor de colesterol, sódio e potássio e de ser fonte de vitaminas A, B2 e D.