O leite virou um vilão nas compras dos moradores de Santa Catarina e o litro do produto já passa dos R$ 8 em Florianópolis. Diante deste cenário, soma-se ainda o aumento de 40% no preço médio aos produtores.
Nas redes sociais, os residentes da Capital seguem reclamando do preço do litro, mesmo após o redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para o produto.
De acordo com o boletim agropecuário de julho divulgado pela Epagri/Cepa, os preços dos lácteos seguiram com expressivas altas no mercado atacadista nas últimas semanas.
Dessa forma, a estimativa é que o valor recebido pelos produtores em julho deve ficar acima da média de junho, que deve superar os “melhores preços médios da série histórica”.
Neste cenário, a média do litro do leite no posto na propriedade subiu de R$ 2,15 para R$ 3,04, ou seja, um aumento de 41,4% aos produtores.
Além disso, o setor produtivo registrou aumento nas importações enquanto as exportações diminuíram em relação ao mês anterior.
“Com os atuais patamares dos preços internos, o cenário mais provável é que em julho se repitam o aumento das importações e a redução das exportações”, destaca a Epagri/Cepa no boletim agropecuário.
Custos de produção impactam preço do leite
Os custos para o produtor de leite subiu 62% nos ultimos anos, sendo que acarretou em uma elevação de 43% ao consumidor, conforme apresentou o Agro, Saúde e Cooperação.
De acordo com Glauco Carvalho, pesquisador da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a principal causa da inflação de lácteos é a elevação dos custos de produção, que ocasionou menor oferta do produto.
Além disso, o leite longa vida registrou 21,62% de inflação, conforme o boletim do Índice de Custo de Vida de Florianópolis publicado pela Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina) em junho.