ESPMEXENGBRAIND
6 out 2025
ESPMEXENGBRAIND
6 out 2025
A nutricionista Sandra Moñino explica quando a manteiga pode ser uma gordura saudável, como escolher versões de qualidade e o que observar nos rótulos.
Saudável
A manteiga volta ao centro das mesas e dos debates nutricionais, agora vista como parte de uma alimentação equilibrada.

No dia a dia, surgem pequenas decisões que fazem diferença na alimentação: na hora de preparar uma torrada, usar manteiga ou margarina?
Para a nutricionista Sandra Moñino, a manteiga tem, sim, um espaço em uma dieta equilibrada, desde que seja de boa qualidade e bem tolerada por quem a consome.

A qualidade é o que define tudo

O primeiro passo, segundo Moñino, é olhar o rótulo. Se o único ingrediente listado for “manteiga”, sem óleos vegetais nem aditivos artificiais, o produto já é uma boa escolha.
Essa simplicidade é o que a torna mais natural e saudável. Se for feita com leite de vaca, cabra ou ovelha de forma tradicional, melhor ainda.

A margarina, por outro lado, costuma ser feita com óleos vegetais como girassol, palma ou canola, geralmente ultraprocessados e submetidos a processos industriais que reduzem seu valor nutricional.

“Quanto mais simples o alimento, mais próximo ele está do seu estado natural, e isso vale também para as gorduras”, reforça a nutricionista.

Comparação com o azeite de oliva

Moñino esclarece que, para quem tolera bem os laticínios, “uma torrada com manteiga de boa qualidade é tão saudável quanto uma com azeite de oliva extravirgem”.

Para pessoas com intolerância à lactose ou alergia às proteínas do leite de vaca, a especialista recomenda experimentar manteiga de cabra ou ovelha, ou versões clarificadas como o ghee, que são mais leves e livres de impurezas.

O ghee é uma manteiga purificada, usada há séculos na culinária indiana, que remove resíduos sólidos do leite e tem sabor mais intenso. Além de ser mais fácil de digerir, também é uma alternativa interessante para cozinhar em altas temperaturas.

Equilíbrio antes de restrições

A especialista destaca que uma alimentação saudável não precisa excluir o prazer. Contar calorias obsessivamente ou demonizar certos alimentos é um erro comum.
O foco, segundo Moñino, deve estar em escolher melhor, priorizando a qualidade dos ingredientes e a moderação nas quantidades.

“Comer de forma saudável também é comer com prazer”, defende. “Não se trata de proibir, mas de entender o que o corpo aceita e precisa.”

Ela lembra ainda que cada pessoa tem uma tolerância diferente aos laticínios, o que é bem tolerado por um organismo pode não ser adequado para outro.

Como escolher uma boa manteiga

Algumas orientações práticas da nutricionista para fazer escolhas conscientes:

  • Verifique se o rótulo indica apenas “manteiga” como ingrediente.

  • Prefira produtos feitos com leite de vaca, cabra ou ovelha de origem natural e sem aditivos químicos.

  • Evite manteigas que contenham óleos vegetais hidrogenados ou aromatizantes artificiais.

  • Se houver intolerância, experimente opções como o ghee, mais puro e digestivo.

  • Consuma com moderação: uma pequena porção já é suficiente para aproveitar os benefícios e o sabor.

O papel da manteiga na alimentação atual

Durante muito tempo, a manteiga foi considerada vilã por conter gordura saturada, mas estudos recentes mostram que, em quantidades adequadas e dentro de uma dieta equilibrada, ela pode trazer benefícios.

Entre eles, estão o fornecimento de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), essenciais para a absorção de nutrientes e o funcionamento do sistema imunológico.

Além disso, a manteiga artesanal, feita a partir de leite cru ou fermentado naturalmente, contém ácidos graxos de cadeia curta, que auxiliam na digestão e na saúde intestinal.

Então, finalmente, lembre-se:

A manteiga, quando natural e consumida com equilíbrio, não é inimiga da saúde.
O segredo está na escolha consciente: produtos simples, minimamente processados e respeitosos com o corpo e o meio ambiente.

Assim como em outros aspectos da nutrição, o desafio não é eliminar alimentos, mas comer com sabedoria e prazer.

Porque, no fim das contas, comer bem também é celebrar o prazer de cada ingrediente natural.

Adaptado para eDairyNews, com informações de La Voz

Te puede interesar

Notas Relacionadas