Consumo de leite e queijo de cabra está crescendo.

Mercado de caprinos ganha adeptos no estado de São Paulo — Foto: TV TEM/Reprodução

Mercado de caprinos ganha adeptos no estado de São Paulo — Foto: TV TEM/Reprodução

As cabras criadas no sítio de André Ferreira têm um pasto verdinho só para elas. O sítio fica no município de Porto Feliz (SP) e é um dos maiores rebanhos de São Paulo. Há pouca tradição na caprinocultura no estado, mas, aos poucos, mais interessados estão entrando no ramo.

André está na cultura há 16 anos. Ele veio de Pernambuco, no nordeste, onde criar cabras é tradição e sustenta milhares de famílias. São 450 cabras sob os cuidados dele. A maioria é da raça anglo-nubiana, de origem africana e com vocação para produção de leite.

Ele diz que o consumo da carne dos animais é mais tradicional no nordeste. No sudeste, a procura grande é pelo leite.

Uma cabra leiteira dá cerca de quatro litros por dia em duas ordenhas. É bem menos do que uma vaca produz, mas o preço é três vezes maior.

O manejo é simples e não exige muita mão-de-obra. Para a alimentação é usado capim, silo de milho e concentrados a base de proteínas e carboidratos.

André investe em melhoramento genético e vende animais para criadores do interior de São Paulo e de outras partes do Brasil.

(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 29/11/2020)

Mercado de caprinos ganha adeptos no estado de São Paulo

Mercado de caprinos ganha adeptos no estado de São Paulo

Uma fêmea é vendida por cerca de R$ 2 mil e um bom reprodutor custa, em média, R$ 3 mil. O retorno vem dentro de três a quatro anos. André diz que o ideal é ter pelo menos uns 20 animais.

Luiz Sprinz é engenheiro civil aposentado e não entendia nada de cabras. Mas, buscando informações, decidiu investir na criação.

Os 16 animais são da raça saanen, que veio da Suíça e é grande produtora de leite. A produção gira em torno de 45 litros por dia.

Ele diz que a cultura do brasileiro mudou muito nos últimos em relação ao leite e queijo de cabra. O crescimento de demanda está superando o de oferta.

Tudo o que é produzido no sítio é para fabricar queijo. O consumo é tão alto que a saída é comprar leite de terceiros para dar conta das encomendas. As vendas são para clientes da região e até de outros estados.

Consumidores brasileiros têm se surpreendido com a alteração do nome do queijo nas embalagens. Essa mudança foi definida em um acordo entre União Europeia e Mercosul.

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