Demanda por material genético é a maior dos últimos três anos e mostra pecuarista disposto a investir
Demanda por material genético é a maior dos últimos três anos e mostra pecuarista disposto a investir
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Mercado de sêmen cresce, puxado pela crescente demanda internacional de carne

No primeiro trimestre de 2020, o setor de genética brasileira baseada em sêmen bovino viu o movimento aumentar, na comparação com os três primeiros meses de 2019. O mercado total de sêmen, para raças de corte e de leite, foi de 4,427 milhões de doses, ante 3,597 milhões. O crescimento foi de 23,1%.

Vimos um crescimento expressivo nos meses de janeiro e fevereiro”, diz Carlos Vivacqua, gerente executivo da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia). “Em meados do mês de março ficamos em dúvida sobre o comportamento do mercado, mas isso não afetou o desempenho do período.”

Esses dados representam o volume de doses produzidas pelas centrais e também os serviços prestados aos pecuaristas. O total de doses vendidas foi de 3,623 milhões de partidas, 22,6% acima do primeiro trimestre de 2019. “Não acreditamos que haja estocagem de sêmen por parte dos pecuaristas”, afirma Vivacqua. “Os produtores estão vendo um mercado internacional demandado e crescente, e estão investindo.”

Os dados da Asbia mostram, também, um crescimento das importações de sêmen de raças de corte. Elas somaram 990,5 mil doses neste ano, ante 779,5 mil em 2019, e 412,8 mil em 2018. A entidade não divulgou quais raças puxaram o desempenho, mas é o angus que se destaca nesse mercado.

No caso das leiteiras, puxadas pela raça holandesa, as compras foram de 1 milhão de doses neste ano, ante 841,2 mil no ano passado e 691,7 mil em 2018.

No caso das exportações, a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) paralisou o envio de material genético a partir de meados de março. O Brasil vende material, principalmente de raças zebuínas, para países da América do Sul e Central. Como Bolívia, Colômbia, Guatemala. “O Brasil exporta via Miami, nos Estados Unidos, como rota principal”, diz Vivacqua. “Mas os americanos não estão aceitando material vivo, como é o caso do sêmen em escalas no seu território.”

A impossibilidade das exportações podem afetar esse mercado daqui para a frente, comprometendo os resultados até agora alcançados. No primeiro trimestre do ano, as exportações de sêmen de raças de corte foram de 32,4 mil doses, o dobro em relação ao mesmo período de 2019. No leite, as exportações foram de 49,9 mil doses, ante 17,8 mil no ano passado.

 

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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