Exemplo para os vizinhos
“No início muitos criticaram e até riram de nós. Disseram que usar a palma era bobeira. Mas, agora, querem plantar também”, contou Mariazinha. Hoje, o casal de pecuaristas se tornou uma referência para os vizinhos do assentamento. Ainda no final do ano passado, eles abriram a propriedade para a realização do curso “Alimentação – Palma Forrageira, Mistura Mineral e Concentrado”, promovido pelo Sistema FAEMG. E foram além: doaram mudas de palma forrageira para vários produtores.
“A palma está transformando a nossa realidade. A partir do momento que as pessoas conhecem, elas querem plantar também. A muda dá em qualquer lugar, não precisa ter muito gasto. O técnico Tarcísio é prestativo, dedicado e tem nos ajudado muito com as orientações”, completou Mariazinha.
Uma das produtoras que também está plantando palma forrageira é Neli Inácio de Jesus Boanerges. Ela já utilizou a palma na alimentação dos animais e hoje tem cerca de 200 mudas no pomar. Futuramente, a intenção é reservar uma área na propriedade apenas para a plantação. “Ela tem muitos nutrientes, vitaminas, proteínas, e vai ajudar a alimentar o gado, principalmente no período seco. Vamos economizar na ração”, disse a produtora, que também é assistida pelo Projeto FIP Paisagens Rurais.
“Este caso de Campina Verde mostra como a palma forrageira também pode ser uma excelente opção de alimentação para o gado aqui no Triângulo Mineiro. Os cursos que temos voltados para o uso da palma contribuem para disseminarmos essa tecnologia, para a capacitação profissional e, consequentemente, para trazer bons resultados na produção”, afirmou o gerente regional do Sistema FAEMG em Uberaba, Caio Oliveira.
FIP Paisagens Rurais
O Projeto Gestão Integrada da Paisagem no Bioma Cerrado – FIP Paisagens Rurais é financiado com recursos do Programa de Investimento Florestal, através do Banco Mundial. A coordenação é do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, do MAPA, com parceria da Agência de Cooperação Técnica Alemã (GIZ), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e do MCTIC, por meio do Inpe e da Embrapa.