Para o ministro Marcos Montes, o maior problema que temos na pecuária de leite é o preço. “O produtor tira o leite, entrega o leite, e não sabe quanto vai receber. É algo inimaginável e que estamos trabalhando nisso", disse Montes, durante o Conexão Empresarial em Belo Horizonnte.
Paulo Cesar de Oliveira, diretor-geral da Viver Brasil; ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, que fez palestra no almoço do Conexão Empresarial; e Gustavo Cesar Oliveira, diretor da Viver Brasil — Foto: Tião Mourão/divulgação

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o mineiro de Sacramento Marcos Montes, entende o momento fiscal que o Brasil vive, mas espera que o setor agropecuário tenha um Plano Safra bem robusto e com recursos mais elevados que o ano anterior.

“É um plano de safra mundial, não é um Plano Safra do Brasil porque o mundo espera de nós a posição de aumentar nossa produção”, avaliou Montes, antes de fazer palestra no almoço mensal do Conexão Empresarial que reúne lideranças políticas e empresários em Belo Horizonte.

Recursos para a safra

O valor total do Plano Safra 2023 ainda não está fechado, segundo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes.

“Estamos buscando o melhor número possível do que o Ministério da Economia, dentro dos seus acordos fiscais, do teto fiscal, possa oferecer”, justificou.

Sobre os juros do financiamento dos recursos emprestados ao produtor rural, o ministro disse que, às vezes, um juro um pouco maior, mas com mais recursos para financiar o setor, atende mais os produtores.

Leite e governo 

O ministro Marcos Montes contou que o Brasil produz 35 bilhões de litros de leite por ano sendo Minas Gerais o maior produtor do país.

Segundo ele, 98% dos municípios brasileiros têm produtores de leite, daí a importância social da atividade para o país.

“O ministério tem um Plano Safra que com certeza o percentual maior será para o pequeno produtor, onde o produtor de leite está e na assistência técnica ao produtor de leite pequeno. O leite tem o apelo social. Temos uma câmara setorial do leite que tem demandado para nós as preocupações do setor”, explicou o ministro, em atenção à atividade leiteira.

Preço do leite 

Para o ministro Marcos Montes, o maior problema que temos na pecuária de leite é o preço.

“(O produtor) tira o leite, entrega o leite, e não sabe quanto vai receber. É algo inimaginável e que estamos trabalhando nisso. O leite, com essa precificação (do preço) pelo laticínio, temos que corrigir também. O produtor tem que saber (o preço). Impacta bastante, com certeza, essa diferença entre entregar e não saber (o preço), mas impacta bastante naquilo que o produtor de leite produz”, avaliou Montes, em resposta a uma pergunta da coluna Minas S/A sobre os preços pagos ao produtor e os rendimentos de laticínios e supermercados.

Preço da carne 

O ministro Marcos Montes citou ainda a problema da carne e as diferenças de ganhos entre o pecuarista de gado de corte e na venda final ao consumidor, no varejo.

“A arroba do boi paga ao produtor, que estava a R$ 320 outro dia, hoje está R$ 260, R$ 270 numa média, mas o preço no supermercado não caiu. Tem algo errado nesta história. Quem está construindo essa situação, primeiro, não entendeu a importância, a preocupação que estamos vivendo”, alertou o ministro durante o almoço-palestra do Conexão Empresarial, do Grupo Viver Brasil, no espaço Meet, em Belo Horizonte.

Consumidores brasileiros têm se surpreendido com a alteração do nome do queijo nas embalagens. Essa mudança foi definida em um acordo entre União Europeia e Mercosul.

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