Os ministros do Mercosul e da União Europeia passaram a quinta-feira (27) fechados em reunião de negociação com vistas ao acordo de livre comércio Mercosul-UE.

Os ministros do Mercosul e da União Europeia passaram a quinta-feira (27) fechados em reunião de negociação com vistas ao acordo de livre comércio Mercosul-UE. Sem intervalo, os ministros tiveram um almoço de trabalho dentro da Comissão Europeia. Os representantes dos dois blocos voltam a se reunir na manhã desta sexta-feira (28), em Bruxelas.

Nas negociações desta quinta estiveram presentes pelo lado brasileiro, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina; o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo; e o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo.

Cada um deles contou com um assessor de alto nível ao seu lado. No caso da Agricultura, a ministra foi acompanhada pelo embaixador Orlando Leite Ribeiro, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

Desde ontem (26), Tereza Cristina participa de reuniões com autoridades da Comissão Europeia. A primeira foi com o comissário Vytenis Andriukaitis, responsável pela Direção-Geral de Saúde e Segurança dos Alimentos, quando foram tratados temas bilaterais. A ministra destacou que o Ministério da Agricultura avançou muito na governança e transparência de seus processos de controle sanitário. E destacou que o Brasil hoje exporta alimentos de qualidade para 160 países, inclusive os da União Europeia. Foram na ocasião atualizadas as conversas sobre a pauta de exportações.

Pelo Twitter, Andriukaitis mencionou o encontro e disse ser importante a continuação do diálogo sobre segurança dos alimentos.

No segundo encontro, a ministra esteve com o comissário europeu para a Agricultura e Desenvolvimento Rural, Phil Hogan, e repassou as propostas comerciais que estão na mesa de negociação.

Histórico

Desde 1999, os integrantes do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) e os 28 países da União Europeia negociam um acordo de livre comércio, que poderá ter mais de 770 milhões de consumidores.             As negociações foram interrompidas em 2004 e retomadas em 2010.

Em 2018, a corrente de comércio (soma das exportações e importações) entre Mercosul e União Europeia resultou em US$ 94 bilhões, conforme estatísticas internacionais de comércio. O bloco europeu é o segundo maior parceiro comercial do bloco sul-americano, ficando atrás apenas da China (US$ 120 bilhões, corrente comercial com o Mercosul no mesmo ano).

Os sul-americanos vendem, principalmente, produtos agropecuários. Já os europeus exportam produtos industriais, como autopeças, veículos e farmacêuticos.

No ano passado, as exportações agrícolas brasileiras para a União Europeia chegaram a US$ 13,6 bilhões. O farelo de soja lidera a lista (US$ 3,4 bilhões). As importações do Brasil resultaram em US$ 2,2 bilhões, principalmente de azeite (US$ 362,5 milhões) e vinhos (US$ 156,6 milhões) dos europeus.

Companhia do interior de São Paulo deve faturar mais de R$ 1 bilhão e descarta boatos de venda; mirando um eventual IPO, o plano é crescer com M&As, com dois negócios já no gatilho.

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