O próximo presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) deve ser alguém do setor privado. É o que afirmam pessoas de dentro e de fora da empresa que acompanham o assunto.

O próximo presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) deve ser alguém do setor privado. É o que afirmam pessoas de dentro e de fora da empresa que acompanham o assunto. O Ministério da Agricultura, no entanto, ainda não definiu um nome nem revela quem são os possíveis postulantes ao cargo, mas a expectativa em Brasília é que a decisão seja tomada ainda este mês.Ao contrário do que aconteceu com o ex-presidente Sebastião Barbosa, que foi exonerado em julho, a escolha agora deve ser por indicação e não por processo seletivo. A medida é prevista e não viola a legislação.

Vários nomes surgem como especulação a cada dia. Uma fonte do Ministério da Agricultura afirmou que já foram feitas entrevistas, inclusive fora de Brasília. Mas a questão salarial pode ser uma dificuldade para encontrar o novo presidente. Isso porque a Lei das Estatais define um salário “baixo” para o cargo se comparado aos que os executivos de grandes empresas e grupos do setor privado, perfil desejado pelos produtores e aparentemente pelo governo para a presidência da empresa, recebem.

 

Atualmente, o salário bruto do presidente da Embrapa é de R$ 33.763,00. A remuneração líquida fica em R$ 25.171,88, segundo as informações mais recentes fornecidas pelo site da empresa.

Desde a fundação, em 1973, a Embrapa só teve um presidente de fora dos quadros da empresa. Foi Luiz Carlos Pinheiro Machado, entre maio de 1985 e abril de 1986, indicado pelo então ministro da Agricultura, Pedro Simon. “Foi a única experiência até hoje e deu errado, não por ser alguém de fora, mas pelo perfil dele”, avaliou o pesquisador.

Um dos nomes do setor privado avaliado para a indicação foi o de Marcos Jank, mas essa opção foi praticamente descartada por conta dos planos profissionais dele. Engenheiro agrônomo, mestre em política agrícola e doutor em Administração, tem renomada atuação no comércio internacional brasileiro e passagens destacadas por órgãos e entidades como a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), o Instituto de Estudos do Comércio e das Negociações Internacionais (ICONE), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Rumo Logística.

Nos últimos anos, atuou na Ásia como representante de associações exportadoras do agro e ajudou na expansão mundial da BRF. Recém chegado ao Brasil, assumiu a posição de professor e pesquisador sênior de agronegócio global no Insper. Ele vai apoiar a criação de um novo centro de estudos estratégicos e capacitação focado na dinâmica de crescimento do setor no mundo e na inserção internacional do Brasil, o que impediria de aceitar o cargo na Embrapa.

Jank, no entanto, pode ocupar uma vaga no Conselho de Administração da Embrapa, presidido atualmente pelo secretário de Inovação do Ministério da Agricultura, Fernando Camargo Silveira. O Consad conta ainda com a participação do secretário de Relações Internacionais e Comércio Exterior da pasta, embaixador Orlando Leite Ribeiro, do presidente interino da empresa e diretor executivo de Pesquisa e Desenvolvimento, Celso Luiz Moretti, o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, além de representantes do Ministério da Economia e dos empregados da Embrapa.

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