O leite captado em março e pago em abril teve seu preço divulgado pelo Cepea-Esalq/USP apresentando uma alta expressiva de R$0,21 em relação ao mês anterior, chegando a R$ 2,4269/litro na “Média Brasil” líquida do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.

Essa alta no preço do leite ao produtor é reflexo principalmente da queda na produção no campo em decorrência de uma série de fatores.

Com o aumento do preço recebido pelo leite e um recuo nos preços dos grãos (entre final de março e meio de abril), observou-se um aumento no indicador RMCR (Receita Menos Custo com Ração) no mês de abril, depois de um período muito ruim de janeiro a março deste ano.
Gráfico 1. Receita Menos Custos de Ração (RMCR).

RMCR
Fonte: Elaborado pela equipe do MilkPoint Mercado com dados da B3, CBOT e CEPEA.

Embora o cenário apresente tendência de melhora na rentabilidade para os produtores, a constante elevação dos preços dos insumos de produção tem corroído as margens da atividade, limitando os investimentos e diminuindo o potencial de oferta.

Com intuito de saber a realidade dos nossos leitores, o MilkPoint realizou uma pesquisa para entender se houve melhora na rentabilidade, de fato, para os participantes da pesquisa.

Imagem 1. Enquete sobre melhora na rentabilidade da produção com a alta dos preços do leite.

rentabilidade dos produtores de leite
Fonte: pesquisa realizada no MilkPoint

Dos 354 participantes da pesquisa, apenas 14% relatam que o aumento no preço do leite já refletia em melhora na rentabilidade da produção.

A grande maioria dos votantes – 34% – relataram não sentir nenhuma melhora e nem acreditam que as margens irão aumentar num curto período. Em contrapartida, 29% apontam que mesmo que não sentiram nenhum resultado, demonstram confiança numa melhora.

Consumidores brasileiros têm se surpreendido com a alteração do nome do queijo nas embalagens. Essa mudança foi definida em um acordo entre União Europeia e Mercosul.

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