Rodrigo Fernández Martínez, presidente da Câmara da Indústria de Transformação de Nuevo León (Caintra), declarou que o México está passando por uma inflação de matérias-primas como resultado do colapso das cadeias de abastecimento devido ao Covid-19 e à invasão russa da Ucrânia.
“O importante é olhar para o contexto global, é um contexto onde não é que as matérias-primas custam mais, mas que no mundo elas estão custando mais”. No México, temos inflação em matérias-primas, mas também a nível global”, disse o diretor geral da Sigma Alimentos.
O executivo acrescentou que nos Estados Unidos e em outros países europeus há uma inflação mais alta do que nos últimos anos, enquanto as cadeias de abastecimento entraram em colapso devido à pandemia de Covid-19. Ele também disse que aproximadamente 30% dos grãos importantes consumidos no México vêm da Ucrânia, assim como 13% das importações de trigo.
“Eles podem ser substituídos por outras coisas como milho e soja, o que levará a um aumento no preço dos animais. Então os animais custarão mais e a proteína será mais cara. Se olharmos para os países da Europa e virmos a quantidade de gás natural, de onde ele vem é a Rússia. O custo da energia na Europa vem crescendo de forma muito importante, o que provocará um aumento nos preços de produção”, explicou o empresário.
O presidente da Caintra acrescentou que a pressão inflacionária está acontecendo globalmente e está crescendo de forma semelhante ao que está acontecendo no país, de modo que não faz com que as empresas percam ou tenham mais concorrência.
Para enfrentar as pressões inflacionárias, as empresas devem ser mais eficientes, encontrar melhores processos e discutir a simplificação de procedimentos realizada pelo governo de Andrés Manuel López Obrador e outras autoridades, disse o representante empresarial.