Projeto garante a distribuição de kits de inseminação artificial, tanques de resfriamento de leite e capacitação de produtores de leite

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) realizou, em parceria com a Indústria de Laticínio Betânia, no período de 17 a 19, em Riachão do Dantas, o Curso Prático-Teórico de Inseminação Artificial em Bovinos, destinado a 26 produtores rurais.  O evento faz parte do projeto de permuta fiscal por benefícios à cadeia do leite, concedido pelo Governo do Estado, através do Decreto nº 40.205 de 17 de dezembro de 2018, que altera o regulamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que visa a melhoria da eficiência da produção, da qualidade do leite e mais renda para os  produtores de leite.

Pelo projeto, a contrapartida do Laticínio será proporcionar a formação de 26 produtores/inseminadores,  a cessão de  26 kits de inseminação artificial com 100 doses de sêmen para os treinandos com vistas ao melhoramento genético do rebanho, a distribuição de  48 tanques de resfriamento de leite que irão melhorar a qualidade sanitária do leite, além de garantir a transferência de tecnologias, através de palestras técnicas sobre inovação no cultivo e utilização de forragens, a exemplo da parte aérea da mandioca e o outros vegetais para uso na dieta de vacas leiteiras. “É um investimento do Estado de Sergipe na melhoria da qualidade do leite e esperamos que os treinando tenham a responsabilidade de praticar e utilizar os conhecimentos adquiridos com esse projeto para beneficiar também outros criadores de sua comunidade”, destacou o Diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural, Antônio Reis, que participou da abertura do evento.

Para a coordenadora de Pecuária, Izildinha Dantas, os produtores que participaram do treinamento foram selecionados em municípios produtores de leite e com perfil para praticar a tecnologia de inseminação. “Os treinandos foram selecionados com muito cuidado pelos chefes dos escritórios locais da Emdagro e pela própria Betânia para que sejam multiplicadores, em suas comunidades da tecnologia de inseminação e, assim, liderarem esse processo de reprodução visando a melhoria da qualidade genética do rebanho sergipano”, frisou.

A coordenadora esclareceu também que cada participante vai receber 1 botijão de sêmen com 100 doses do material para imediata utilização e todos os materiais necessários para a atividade. “Essa é a contrapartida da Betânia diante da permuta fiscal por benefícios à cadeia do leite permitida pelo Governo/SEFAZ que, neste caso, garantiu a distribuição de kits de inseminação e tanques de resfriamento e as capacitações. Com esse material, poderão ser realizadas 2.600 inseminações artificiais nas fêmeas bovinas leiteiras dos produtores. Se obtivermos 50% de eficiência, alcançaremos 1.300 animais melhorados geneticamente nos rebanhos do Estado”, calculou ela.

Para o coordenador de Política Leiteira da Betânia, Agnovaldo Bezerra, “as capacitações vão refletir, no futuro, na melhoria da qualidade do leite produzido pelo Estado”, disse reforçando que a empresa tem como regra exigir dos seus produtores parceiros que adotem as boas práticas na produção para garantir a qualidade do leite. “Pedimos sempre ao produtor que nos envie o leite que ele próprio daria para a sua família consumir”, frisou.

A inteligência artificial (IA) e sistemas avançados de câmeras estão revolucionando a maneira como os produtores de leite nos EUA gerenciam seus rebanhos.

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