Está sob a análise do secretário de Desenvolvimento Econômico, Maia Júnior, a proposta – elaborada em conjunto pela Federação da Agricultura (Faec) e pela Adece – de rápida reestruturação da pecuária leiteira do Ceará, que enfrenta mais uma crise de causas exógenas. O mercado cearense – cuja grande produção atual é fruto das boas chuvas que fizeram renascer os pastos naturais – foi invadido por leite oriundo do Sul e Sudeste do País, cuja indústria importou matéria-prima da Argentina e Uruguai. Resultado: mais oferta do que procura. O preço do leite para o consumidor final, que em Fortaleza chegou a beirar os R$ 4 no ano passado, está hoje em torno de R$ 2,70. O que pedem os pecuaristas cearenses para evitar os prejuízos que se avolumam? “A defesa comercial contra importações desleais (ICMS alto sobre o leite de outros estados), competitividade (podem chamar-me de desoneração tributária) e assistência técnica ao produtor”, como disse à coluna um pecuarista de Quixeramobim. Além das sugestões de ordem fiscal, há outras que pedem uma campanha de marketing do tipo “Compre o que é nosso” e mais uma, de fácil e rápida implementação: a criação de um moderno polo industrial que transforme o Ceará num grande produtor de queijos finos. O secretário Francisco Maia Júnior é o dono da bola.
Um sonho
Assis Cavalcante, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza, tem um sonho: transformar o centro comercial de Fortaleza em um polo dinâmico de turismo e de negócios. Para isso, toda a área terá de ser requalificada, ganhando a presença física de instituições públicas – como a Câmara Municipal de Vereadores, o que ajudaria a implementar um projeto urbanístico que dê à área um banho de loja arquitetônico. Faz anos que o Centro de Fortaleza está feio, sujo e inseguro. Pergunta: de onde virá o dinheiro? A PMF já elegeu a Beira Mar como seu projeto prioritário.
Economia
Iniciado no dia 18, terminou ontem em Parnaíba (PI) o 15º Encontro Regional dos Estudantes de Economia da Região Nordeste (Ereco). O economista cearense Lauro Chaves Neto, conselheiro do Cofecon e professor da Uece, fez palestra sobre o planejamento estratégico participativo para a promoção do desenvolvimento municipal sustentável.
Embrapa: 46 anos
Graças à Embrapa – que celebra nesta semana 46 anos de atividades – o Brasil aumentou em cinco vezes sua produção de grãos. A de trigo e milho subiu 240%; a de arroz, 315%, sem contar o aumento de 140% da produção do setor florestal e o triplo do setor cafeeiro. A empresa, hoje presidida pelo respeitado pesquisador Sebastião Barbosa, tem o suporte de 9.469 empregados, dos quais 2.405 são pesquisadores, e cerca de 600 laboratórios, que trabalham não só com a agenda da produção agropecuária, mas no fornecimento de subsídios à formulação de políticas públicas.
Compositor
Além de dono da Secrelnet, gigante cearense de telecom, Ricardo Liebmann imita seu colega Pio Rodrigues: é compositor musical. Ele conclui a gravação de um CD, com músicas compostas em parceria com Mauro Oliveira e Rui Farias.
Há sinal de renovação na Assembleia Legislativa do Ceará: 17 dos seus 46 deputados são jovens e cumprem primeiro mandato. A coluna conversou com dois deles, que – ao contrário da maioria dos antigos – estão bem informados sobre a economia do Estado e sabem bem distinguir entre o oportuno e o oportunista
Cearenses que foram passar o fim de semana em Cuba impressionaram-se com o que viram: turismo em alta, mas mão de obra bem controlada pelo Estado. Os funcionários dos hotéis são fornecidos por cooperativa estatal, que recebe até US$ 2 mil mensais por cada um, repassando-lhe só US$ 100. Igual ao Mais Médico