Na última semana, a Nestlé inaugurou seu primeiro Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) na América Latina. A instalação fica em Santiago, no Chile. Dentro da estrutura da companhia, o centro regional tem como objetivo aproximar as inovações do mercado em questão e seus consumidores. Outra função é a de fortalecer parcerias com universidades e startups.
No Brasil, por exemplo, Nestlé tem a plataforma de inovação aberta Panela. Cerca de 30 funcionários trabalharão no centro de pesquisa de Santiago. Eles estarão divididos em várias categorias de produtos, com olhar especial para áreas estratégicas. O centro conta com laboratórios, espaço de coworking e cozinha para prototipagem rápida.
Com a inauguração, a América Latina também ganha um acelerador regional de P+D da Nestlé, que apoia os profissionais a desenvolverem conceitos e produto e levarem ao varejo para teste em apenas seis meses. Anualmente, a Nestlé investe cerca de 1,7 bilhões de francos suíços em sua rede global de P&D, que reúne 24 locais em todo o mundo.
Liderança brasileira
A responsável pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento na América Latina será uma brasileira. Aline Mór está na Nestlé há mais de vinte anos e, além do Brasil, já passou pela Inglaterra e Suíça. Antes de assumir como head do Centro, ela liderava a pesquisa e desenvolvimento para snacks saudáveis e Kit Kat, globalmente. Ao longo de sua carreira, ela foi das áreas técnicas para as de negócio.
Na opinião da executiva, essa transição rendeu um olhar mais holístico sobre o a companhia e seus processos. Sobre o papel do centro regional ela resume: “Aproximar os mercados de todas as inovações que nós fazemos”. Nutrição, sustentabilidade e o desenvolvimento de produtos acessíveis estão entre as prioridades da companhia na região.
Aline também destaca que a presença da estrutura traz mais agilidade para os testes na Latam e vai impulsionar as parcerias locais. “Colaboração e agilidade são as palavras do jogo aqui”, define a head. No terceiro trimestre, a Nestlé reportou um aumento nas vendas totais de 9,2% para 69,1 bilhões de francos suíços. A companhia espera encerrar ano com crescimento de 8%.
