O preço aumentou em agosto 5% em relação a julho
No supermercado, o que não faltam são opções. Tem os mais tradicionais: integral, semi-desnatado e desnatado. Também tem os com baixa ou sem lactose, ideais para os alérgicos ao glicídio. Sem falar nos enriquecidos com vitaminas, denominados “biofortificados”.
No entanto, consumir esse ingrediente tão importante para a saúde humana está pesando no bolso nesses últimos meses. O preço aumentou em agosto 5% em relação a julho. O leite UHT é o item que teve a maior alta. Em agosto avanço de 4,84% e no ano em 23,7%.
Em alguns supermercados de Rondonópolis, a caixa com 1 litro chega a R$ 5,48.
POR QUE A ALTA? A explicação para isso é a queda na produção. A época chuvosa é considerada a melhor para que o gado dê leite, só que no último verão, a chuva chegou tarde e forte, prejudicando as pastagens. A ração também ficou mais cara com o aumento da saca do milho em razão da queda na produção nacional do produto.
E não é só isso: pesquisadores da Universidade de São Paulo dizem que tem produtor mudando o foco do negócio. “Uma tendência que a gente vê também são os produtores de leite migrando para pecuária de corte, atraídos principalmente pelos patamares de preço da arroba do boi gordo e do bezerro”, explica Wagner Ianaguizaua, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA).