Ociosidade elevada: o Imea acompanha mensalmente a utilização efetiva dos laticínios que estão operando em Mato Grosso.

Nesse sentido, no acumulado de jan.20 a nov.20, a capacidade média registrada foi em torno de 55,29% no estado, decréscimo de 5,30 p.p. ante o ano anterior. Este é o menor índice desde 2018 (ano em que se iniciou o levantamento).

Além disso, as regiões que mais impactaram neste cenário foram a centro-sul e a médio-norte, nas quais as indústrias de laticínios reduziram sua utilização em 13,88 p.p. e 20,57 p.p., respectivamente, resultando em 31,57% e 31,96%, na mesma ordem.

Em sentido oposto, a única região que manteve/aumentou a sua utilização foi a sudeste, +0,69 p.p., no mesmo comparativo. De modo geral, os principais fatores que contribuíram para este cenário estiveram relacionados à menor captação do leite devido ao clima seco no decorrer do ano, custos elevados e a arroba com precificações altas.

O preço do leite pago ao produtor em janeiro 2021, referente ao volume captado em dez.20, ficou cotado a R$ 1,73/l. Apesar das maiores produções, a relação entre oferta e demanda têm dado suporte para este cenário. Com o aumento das chuvas no estado, o desempenho das vacas em lactação tem melhorado. Com isso, o índice de captação aumentou 9,93% ante o mês anterior.

Captação: o IBGE divulgou os dados da captação de leite referentes ao 3° trimestre de 2020. Neste viés, Mato Grosso produziu cerca de 97,32 milhões de litros, o que resultou em uma queda de 17,16% ante o trimestre anterior.

No entanto, ao comparar com o 3° trimestre dos últimos cinco anos, notou-se que o resultado deste ano foi o menor para o período. O mesmo ocorreu para o 2º trimestre nesse mesmo comparativo, o qual fechou com o volume de 117,47 milhões de litros em 2020.

A seca mais intensa no decorrer do ano foi um dos principais fatores que contribuíram para este cenário, demonstrando o quão dependente das questões climáticas Mato Grosso tem sido, o que resulta no desempenho das vacas em lactação.

Porém, ao analisar o 1º trim.20, o volume foi o maior dos últimos quatro anos devido às elevadas precipitações. Diante disso, o desequilíbrio nas questões climáticas tem dificultado a oferta no estado, uma vez que no período de entressafra cada vez menos se tem produto disponível.

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