No pagamento realizado em maio, que remunera a produção entregue em abril, o preço do leite pago ao produtor subiu novamente no comparativo mensal. A alta se manteve nos estados monitorados pela Scot Consultoria, por conta do cenário de queda na captação e da seca que já afeta o vigor das pastagens. Considerando a média nacional ponderada dos dezoito estados pesquisados pela Scot Consultoria, a alta foi de 3,5% na comparação mensal. Na comparação anual a referência está 13,5% maior este ano.
O cenário foi de queda de 2,0% na captação de leite em abril, na comparação mensal. O início do período seco do ano no Brasil Central, o final da safra de capim e o alto custo de produção refletiram na queda na produção nacional. Houve queda de 10,5% no primeiro trimestre de 2022 frente ao mesmo período de 2021 no na quantidade de leite cru, resfriado ou não, adquirido, segundo a Pesquisa Trimestral do Leite, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Os dados parciais de maio indicam novos recuos na captação nacional, cenário que se aplica nos estados pesquisados pela Scot Consultoria. Para o pagamento a ser realizado em junho/22, referente à produção entregue em maio/22, a tendência é de alta nos preços do leite pago ao produtor, com 58% dos laticínios pesquisados apontando para a alta e 40% estimando estabilidade e 2% relataram expectativa de queda para o próximo pagamento.
A chegada da seca no Brasil Central já impacta a produção leiteira, somado a maior concorrência das indústrias pela matéria-prima mantêm a firmeza nas cotações do leite pago ao produtor.