Influenciada pela ocorrência de geada em regiões que cultivam a segunda safra, valorização da saca do cereal foi de quase 10% em apenas dez dias

Influenciada pela ocorrência de geada em regiões que cultivam a segunda safra, valorização da saca do cereal foi de quase 10% em apenas dez dias

O milho voltou a ser valorizado na primeira semana de julho, de acordo com a análise semanal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). O preço da saca de 60 quilos, que estava a R$ 49,94 em 7 de julho de 2020, evoluiu para R$ 103,23 – maior patamar da história – em 18 de maio de 2021, recuou para R$ 86,25 em 24 de junho e fechou em R$ 94,44 terça-feira (6), alta de cerca quase 10% em 10 dias.

Os pesquisadores do Cepea afirmam que a majoração foi detectada após a ocorrência de geadas em regiões produtoras do milho segunda safra, como em municípios do Paraná, onde as perdas nas lavouras podem ultrapassar os 20%.

Ainda conforme o Cepea, apesar do preço aquecido, houve procura pelo cereal e flexibilidade dos compradores em pagar o que está sendo pedido pelos vendedores.

Especialista nas negociações do grão, o proprietário da Corretora Mercado, de Porto Alegre, Giuliano Ferronato, diz que, apesar da procura no Rio Grande do Sul, em face a necessidade da indústria de proteína animal, os negócios locais têm sido feitos em pequenos lotes “As vendas verificadas nas praças gaúchas estão rodando ‘da mão para a boca’, em lotes de 2 mil a 3 mil sacos, no máximo”, aponta.

Expectativa

Segundo Ferronato, só agroindústrias de porte têm conseguido trazer carretas lotadas com milho do centro do país, mesmo assim com preço também acima dos R$ 90,00. O corretor destaca ainda que o produtor que ainda tem milho para vender tem sido muito criterioso por acreditar que o preço vai subir ainda mais.

Companhia do interior de São Paulo deve faturar mais de R$ 1 bilhão e descarta boatos de venda; mirando um eventual IPO, o plano é crescer com M&As, com dois negócios já no gatilho.

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