Os preços dos lácteos no mercado atacadista e do leite no spot recuaram ao longo de outubro, refletindo a baixa demanda doméstica e a maior oferta de leite com a chegada das chuvas e safra. Isso acabou refletindo também nos preços pagos ao produtor de leite. As cotações ao produtor vinham com alta consecutiva desde abril, mas não houve sustentação. O desemprego ainda elevado e uma alta na inflação também tem prejudicado o poder de compra e consumo das famílias. O preço do leite Spot registrou a queda mais acentuada, caindo cerca de R$ 0,44/litros na comparação com a primeira quinzena de setembro.
Na média, Conseleites indicam queda de preços
Em outubro, o preço do leite ao produtor registrou queda, após seis altas consecutivas. Para o pagamento de novembro, os Conseleites indicam recuo nas cotações, com quedas mais fortes no RS e SC. MG foi o único a indicar alta, já que o fechamento do indicador ocorreu mais cedo e não incorporou o recuo nos preços no final de outubro.
Milho cai no Brasil, apesar da alta internacional. Carne bovina segue recuando
O avanço da comercialização do milho safrinha e bom ritmo de plantio para a safra de verão 2021/22 tem refletido em um mercado de milho mais vendedor, com pressão baixista nas cotações, mesmo com alta internacional. No caso da soja, o plantio segue evoluindo e cerca de 50% da área já foi semeada. As cotações tiveram pequena valorização, com o efeito da desvalorização do real frente ao dólar. No mercado do boi, o mês de outubro foi de queda acentuada de preços, ainda refletindo a suspensão das exportações para a China e uma demanda interna fraca. Bezerro também recuou, mas em ritmo inferior. No lado macroeconômico houve desvalorização do real e piora nas previsões de crescimento do PIB brasileiro.