A forte seca que atinge grande parte do Sul do país já é sinônimo de perdas para os produtores. É o caso do produtor de leite Jaisson Tirone, de Chapecó (SC)

Produtor abate 30% do rebanho de vacas de leite e contabiliza mais de R$ 800 mil de prejuízo

 

A forte seca que atinge grande parte do Sul do país já é sinônimo de perdas para os produtores. É o caso do produtor de leite Jaisson Tirone, de Chapecó (SC), que precisou abater parte de seu rebanho de vacas leiteiras pela falta de pastagem e por conta da ração ter preços elevados.

Com isso, ele já contabiliza prejuízo de mais de R$ 800 mil. Infelizmente, a crise no setor leiteiro, não é de hoje ou de ontem. Os produtores seguem sofrendo com a falta de políticas públicas, o aumento das importações de leite em pó e a alta dos custos de produção. A maior tristeza é ver animais de alto padrão genético serem enviados ao abate, um prejuízo que, com certeza, levará anos para se recuperar!

Dos 125 animais, 15 já foram ser abatidos e, de acordo com Tirone, na próxima semana esse número deve aumentar para 45.

– Por conta da chuva, não houve produção de silagem e a ração precisa ser encomendada de fora, mas o preço é muito alto, cerca de R$ 400 a saca – diz.

Ainda segundo ele, na região existem cerca de mil produtores e 980 já contabilizam prejuízos por causa seca.

– Há 30 anos estou nesta profissão, é uma atividade de família, mas é a primeira vez que precisei tomar essas medidas. Agora, o que nos resta é tentar manter o que sobrou e seguir em frente – lamenta.

Também no Oeste de Santa Catarina, o produtor Jair Trizotto registra perdas. Segundo ele, 18 vacas foram abatidas em função da dificuldade de encontrar alimentos destinados aos animais.

– Nos próximos dias, se a chuva não chegar, vamos abater ainda mais animais. Está difícil encontrar os insumos, principalmente farelo de soja e silagem – afirma ele.

Trizotto, que também cultiva milho, já mensura danos ao fim da safra.

– Os pés do grão não se desenvolveram. Nesta época do ano, o normal é ter cerca de 2 metros, mas não chegou nem mesmo em meio [metro]. Com isso, já estamos estimando uma perda de 80% em nossa produtividade – finaliza.

Consumidores brasileiros têm se surpreendido com a alteração do nome do queijo nas embalagens. Essa mudança foi definida em um acordo entre União Europeia e Mercosul.

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