“O que se observa é uma retração de consumo da maioria dos produtos industrializados do setor, principalmente os queijos, que representam a quarta parte de todo o consumo”. Essa retração, segundo Figueiredo, é provocada, principalmente, pelo reduzido número de refeições fora de casa. “Essa é a consequência mais imediata e, esperamos, temporária”, completa.
No entanto, ele indica que, no médio prazo, “dependendo dos efeitos econômicos dessa pandemia, qualquer retrocesso no poder de compra da população poderá puxar para patamares inferiores, o consumo, já deprimido, desorganizando a cadeia produtiva do leite e frustrando projetos de incremento de produção e industrialização que estão sendo implantados no Brasil”.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil produz diariamente quase 100 milhões de litros de leite, que são vendidos ao consumidor nas mais diversas formas de industrialização. “Seja qual for a metodologia de cálculo utilizada, o consumo brasileiro ainda se situa abaixo do ideal preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 200 litros por pessoa por ano”, afirma Figueiredo.