Outra reinvindicação foi de que os produtores também estejam representados no Conseleite-Conselho Paritário que discute os preços do leite, e que se estabeleça um preço base antes da entrega do produto. Hoje só se sabe quanto será pago no mês seguinte da entrega e isso dificulta aos produtores se planejarem na produção, assim como já terem definidos os custos de produção. Também houve reclamação do atraso de pagamento por algumas indústrias que demoram até 50 dias após a entrega para pagar o produtor.
Outra reinvindicação foi de se introduzir uma campanha de marketing junto ao consumidor de leite nos supermercados, esclarecendo que um litro de leite, produto essencial e nutritivo, não pode valer menos do que meia garrafa de agua mineral, como acontece hoje. Há que se esclarecer ao consumidor quanto o agricultor ganha no processo e quanto fica perdido na cadeia por outros segmentos do abastecimento.
A adoção de um preço base para o produtor foi a grande reinvindicação, assim como, a prorrogação dos financiamentos de investimentos nesse setor, com juros compatíveis, em cima da realidade do mercado financeiro atual, que está com a Selic baixa. A Assembleia Legislativa deverá liderar a elaboração de um documento com as reinvindicações da cadeia de lacticínios no estado, sugerindo medidas de apoio, aos produtores e a indústria, pois um precisa do outro.
O ex-secretário da Agricultura, Airton Spies, defendeu de estabelecer um sistema de integração na produção de leite, a exemplo do que acontece com os suínos e aves, a fim de assegurar garantia de produção e remuneração a todos os envolvidos na produção.
Segundo a Epagri, a cadeia do leite é responsável por 11 por cento do valor da produção agropecuária em SC e o estado é o quarto maior produtor do país.