Instrução normativa foi lançada no final do ano passado

Duas Instruções Normativas (IN) 76 e 77, publicadas no final do ano passado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) serão obrigatórias a partir de 30 de maio, para os produtores de leite brasileiros.

Conforme informado pela Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul), na segunda-feira (28), a exigência vale para produtores e empresas que beneficiam leite e trazem regras sobre produção, transporte, acondicionamento e armazenamento.

De acordo com o diretor-secretário da Famasul, Frederico Stella, as mudanças representam um desafio para as indústrias do setor, que precisam, por exemplo, rever a logística de coleta.“É muito importante seguir os parâmetros estabelecidos nas INs, para que se produza um leite de qualidade”, observa.

ACOMPANHAMENTO

“Com o Mais Leite, programa que atende mil propriedades rurais no estado, o criador tem acesso a capacitações que proporcionam adequação à normativa. Nova lei é fundamental porque direciona a melhoria dos processos da qualidade da matéria-prima”, afirma o coordenador técnico do Senar/MS, Francisco Paredes.

Para Paredes o programa supre a necessidade dos estabelecimentos na qualificação junto aos laticínios. “O plano de ação visa não só o aumento de produção, mas também buscando a sustentabilidade do empreendimento”.

PREÇO DO LEITE

Dados do último boletim informativo do Sistema Famasul apontam para uma recuperação  no mercado. De acordo com a Unidade Técnica, em Mato Grosso do Sul, o preço médio do leite em 2018 ficou em R$ 1,0428/litro, com alta de 9% em relação ao valor de 2017, de R$ 0,9564.

“A estimativa para 2019 é de valorização em 2,3%, previsão mais associada ao desempenho da demanda, uma vez que o volume produzido no estado não deve crescer”, afirma o diretor da Famasul, Frederico Stella

Justamente no período do início da obrigatoriedade da normativa, é que o setor espera um avanço nas cotações. “Os preços do leite registram uma maior valorização, tradicionalmente, entre maio e agosto, período mais seco do ano que compromete a qualidade das pastagens e consequentemente reduz a produtividade do rebanho”, reforça o representante da Famasul.

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