A Embrapa Cerrados e parceiros desenvolveram provas zootécnicas que servem como ferramentas para a seleção de rebanhos bovinos, visando ao melhoramento genético de gado leiteiro e de corte de raças zebuínas,

A Embrapa Cerrados e parceiros desenvolveram provas zootécnicas que servem como ferramentas para a seleção de rebanhos bovinos, visando ao melhoramento genético de gado leiteiro e de corte de raças zebuínas, a partir de sistemas de produção a pasto normalmente utilizados em condições de Cerrado. As provas contemplam a seleção de animais a partir das características de interesse dos criadores, sem qualquer artificialismo.

A Prova Brasileira de Produção de Leite a Pasto do Zebu Leiteiro na Embrapa Cerrados CTZL, inédita em condições de Cerrado do Brasil Central, foi desenvolvida em uma parceria entre Embrapa e Associação dos Criadores de Zebu do Planalto (ACZP). A metodologia tem como objetivo identificar e disponibilizar ao mercado matrizes melhoradoras de raças zebuínas leiteiras como Gir Leiteiro e Sindi, ou seja, com maior potencial genético para a produção de leite a pasto, nas condições do Cerrado brasileiro. Tem como premissas a seleção genética confiável, com no mínimo cinco meses de mensuração de leite; o sistema de produção pecuária característico do Brasil, que tem o pasto como base alimentar sustentável; e a produção do leite seguro e saudável, sem qualquer aditivo.

Os animais participantes da prova são novilhas contemporâneas, provenientes de criatórios do DF e de estados vizinhos. A prova tem duração de 14 meses, sendo dois de adaptação, em que os animais são alimentados com silagem de milho e concentrado, e 12 meses de lactação, dos quais são considerados 305 dias de lactação. As ordenhas são realizadas mecanicamente duas vezes ao dia, com a presença do bezerro ao pé, sem indutores de lactação. Durante o período de lactação, são mensurados parâmetros de importância econômica em condições de pastagem no bioma Cerrado quanto à produção de leite, intervalo do parto à concepção, percentagem de gordura no leite, contagem de células somáticas no leite, percentagem de proteína no leite, persistência de lactação e conformação da morfologia racial. Os atributos medidos compõem o índice fenotípico que classifica os animais na prova.

Já o Teste de Desempenho de Touros Jovens (TDTJ) conta com participação de animais das raças Nelore e Guzerá, oriundos de criatórios de diferentes estados do Brasil e do Distrito Federal. O TDTJ engloba a prova de ganho em peso a pasto (PGP 1) que tem duração de 294 dias, sendo 70 dias de adaptação e 224 dias de prova efetiva. Durante todo o teste, os animais são mantidos em pastagens renovadas por sistema de integração Lavoura e Pecuária, sendo suplementados apenas com mineralização adequada para a categoria animal e época do ano.

Incorporado ao TDTJ, o Consumo Alimentar Residual (CAR) é uma ferramenta de seleção de animais mais eficientes do ponto de vista da conversão alimentar para o melhoramento genético, além de auxiliar na tomada de decisão do produtor. O CAR é calculado pela diferença entre o consumo real e a quantidade de alimento que um animal deveria comer com base no peso vivo médio durante a prova e na velocidade de ganho de peso. Os animais participantes são genotipados para identificação de genes associados à eficiência alimentar, permitindo, futuramente, o desenvolvimento de marcadores moleculares para a característica, que é transmissível para os filhos. Além disso, serão geradas DEPs (previsão de capacidade de transmissão de uma característica) para eficiência alimentar.

 

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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