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18 dez 2024
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“Eu tenho vacas Girolando, ⅝ de Holandês, e gostaria de utilizar os bezerros delas para corte. O mais indicado seria um touro Gir ou um Sindi?”
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“Eu tenho vacas Girolando, ⅝ de Holandês, e gostaria de utilizar os bezerros delas para corte. O mais indicado seria um touro Gir ou um Sindi?”, questionou em mensagem enviada ao Giro do Boi Responde o pecuarista Luiz Plácido, de Mamanguape, na Paraíba.

Foi Guilherme Marquez, zootecnista e gerente nacional de produto leite da central Alta Genetics, quem atendeu o criadoro.

Marquez falou sobre a possibilidade de usar os zebuínos. “O Gir leiteiro, a raça Gir, foi muito selecionada para o leite. Hoje a gente tem o Gir padrão, que a gente chama, que é um Gir de gado de corte, que ganha de peso, para ser vendido como sêmen. Talvez seja muito difícil achar”, ponderou.

“Já o Sindi é uma raça de taxa de mantença muito pequena, ou seja, tudo que ele come ele vai ganhar peso, ele vai ganhar o crescimento. A gente precisa entender primeiro que o animal cresce osso, depois cresce músculo, depois ele cresce gordura. Então aquele animal que é precoce, tem taxa de mantença pequena, ele cresce o osso rapidinho e já começa a crescer músculo. O animal que é mais tardio, cresce osso durante muito tempo para depois crescer músculo, então essa é a diferença de a gente ter precocidade e ser um animal tardio quando relacionado principalmente com gado de corte”, considerou.

Entretanto, as recomendações de Marquez para o criador não passam por nenhum dos dois zebuínos. “Qual é a minha sugestão? Você está na Paraíba, num clima muito quente. Em parte do seu rebanho, eu faria um animal de reposição para a produção de leite, que deve ser a sua atividade principal, que paga as contas mês a mês. Parte desse rebanho eu usaria o gado específico para produção de leite e, nesse caso, eu utilizaria um touro ⅝ Girolando. Um touro com 62,5% de sangue Holandês nessas suas melhores vacas”, sugeriu.

“Eu iria utilizar um reprodutor específico para leite, um touro provado, com com informação genômica acima da média. Então teria que ser alta essa informação genômica para você ter a segurança, para ter como resultado um animal para produção de leite”, sustentou. “E no caso do Girolando ⅝, você ainda aproveita os machos. Os machos são bons de ganho de peso. Apesar do foco deles ser a produção de leite, eles são interessantes, sim, para o corte. Eles não ficam aquele animal raquítico ou que muitos dizem que só serve para fazer charque, […] que não vai ganhar peso. Ele se transforma em um animal parecido com cruzamento industrial. Então eu utilizaria essa estratégia dentro do seu rebanho”, opinou.

Marquez também falou sobre a opção de raça para usar no fundo das matrizes do rebanho do pecuarista, aquelas que não serão mais usadas para produzir bezerras de reposição para o leite. “No restante das vacas, e aí muito bem calculado para você não perder a produção de leite, eu utilizaria a raça Nelore. Eu colocaria um touro Nelore, um touro rústico, ou um touro Guzerá, ok? Eu utilizaria o Zebu, mas o Zebu específico para corte. Então utilizaria Nelore ou Guzerá em parte do seu rebanho para a gente fazer tanto fêmeas quanto machos pesados para você fazer o seu comércio de animais de gado de corte”, apresentou.

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