Qualidade do queijo é um dos fatores apontados para impulsionar a demanda no Brasil, pois aqui o consumo é baixo em comparação a outros países.
Segundo o Sindilat (Sindicato da Indústria de Laticínios), os brasileiros consomem em média 5 quilos do alimento por ano, enquanto os franceses comem 25 quilos.
Ou seja, cinco vezes mais.
“Essa diferença vem de quatro pontos: diversidade, qualidade, preço e disponibilidade”, afirma Cristophe Faraud, presidente da Associação Paulista dos Produtores de Queijo.
Um maior consumo de queijo, porém, iria valorizar o produtor rural e a regiões conhecidas pela bovinocultura de leite.
De acordo com projeções do Sindilat, com o aumento no consumo de 5 quilos por brasileiro, considerando que são necessários 10 litros de leite para fazer um 1 quilo de queijo, em um país com 200 milhões de habitantes, são precisos 10 bilhões de litros por ano para a fabricação de queijos, isto é, cerca de 30% da produção atual.
Em valores comerciais, isso significaria a movimentação de R$ 50 bilhões. Destes, aproximadamente 9 bilhões de reais seriam colhidos em impostos.
Para isso, um dos desafios é atualizar as leis de produção de queijo artesanal.
“A nível nacional, estamos trabalhando com duas leis e tentando fazer com que elas não se conflitam”, disse Wander Bastos, diretor da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite).