Dispararam nas bolsas mundiais de commodities agrícolas os preços da soja e do milho, indispensáveis na composição da alimentação do gado leiteiro.

Dispararam nas bolsas mundiais de commodities agrícolas os preços da soja e do milho, indispensáveis na composição da alimentação do gado leiteiro. Na dieta de uma vaca, os custos com milho e soja representam 70% das despesas totais de sua alimentação. No ano passado de 2020, esses dois grãos tiveram aumento médio de preço de 86,5%. Por sua vez, o preço pago ao produtor de leite no Nordeste brasileiro nunca esteve tão alto, com incremento médio de 23,6%. Esse descontrole – causado pela demanda internacional de soja e milho – tem criado sérias dificuldades para o equilíbrio das contas do produtor. Além da grande demanda asiática (leia-se China), a soja está sendo usada nos EUA para a fabricação de pneus. Acredite! O produtor nordestino de leite tem pouca chance de encarar esse cenário.

Todavia, ele – que responde por 75% da produção leiteira desta região – tem, agora, uma forte alternativa para reduzir sua dependência da soja e do milho: a de plantar palma e mandioca. Treze quilos de palma substituem um quilo de milho (energia) e cada nove quilos de rama de mandioca (proteína) equivalem a um quilo de soja. A inclusão do milho e da mandioca na ração da vaca reduz em 30% os custos de produção do leite. Essas duas culturas são facilmente adaptadas ao semiárido e mais fáceis ainda de manejar, diz o agrônomo Zuza de Oliveira, consultor em agropecuária.

Um campo de palma – uma cactácea forrageira e comestível, em cuja composição há 90% de água – “é como um açude verde em pleno sertão”, diz Zuza de Oliveira. Quando se fornecem 40 quilos diários de palma a uma vaca, ela recebe, além da energia que gera o leite, 36 litros de água pura, outro ingrediente essencial para a produção leiteira. Em Alagoas e Pernambuco, todo o rebanho já é alimentado com palma. E mais: tem as maiores produtividades por vaca.

O Ceará dispõe hoje de 12 mil hectares cultivados de palma forrageira, mas precisa de ter 80 mil hectares para atender à demanda dos seus 75 mil produtores de leite. Na visão de Zuza de Oliveira, “precisamos de um grande esforço das instituições de desenvolvimento e dos produtores para avançarmos no cultivo da palma e da mandioca forrageiras, para reduzir essa dependência da bolsa de Chicago e equilibrar os custos de produção do leite aqui no Nordeste”.

Para tornar real o sonho de Zuza de Oliveira, será preciso, primeiro, ensinar o produtor a plantar palma e mandioca.

Atenção! informa o secretário de Infraestrutura, Lúcio Gomes: o projeto do Arco Metropolitano, rodovia que ligará a BR-116, em Pacajus, ao Porto do Pecém, não está, “pelo menos neste momento, pensado em pista dupla”. Lúcio diz ainda que tem certeza de que haverá interessados (no plural) na concessão dessa estrada.

Crise na geração de energia solar fotovoltaica: estão faltando, no Brasil, parafusos, arruelas, porcas, chapas, conectores, cabos elétricos e chaves eletrônicas – informa Fernando Ximenes, da Gram Eollic, empresa que atua na área. Por esta causa, ele diz que “estão furadas, neste ano, todas as projeções de geração solar no Brasil”.

Companhia do interior de São Paulo deve faturar mais de R$ 1 bilhão e descarta boatos de venda; mirando um eventual IPO, o plano é crescer com M&As, com dois negócios já no gatilho.

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