Programa da Record TV revela como as quadrilhas especializadas em roubo de gado causam terror e prejuízos
Reportagem foi até Cacequí, a 400 km de Porto Alegre, considerada a capital do abigeato. | Foto: Record TV / Divulgação / CP

No Sul do país, na fronteira com o Uruguai e Argentina, quadrilhas especializadas em roubo de gado amedrontam produtores rurais e deixam muitas vítimas sem dinheiro até para pagar as contas. Apresentado por Luiz Fara Monteiro, o Repórter Record Investigação desta quinta-feira, (17/02), traz à tona quem está por trás desse crime cada vez mais comum naquela região, e que afeta pequenos e grandes produtores.

O programa revela que os criminosos também usam o rio que corta a fronteira sul do país para contrabandear o gado de um lado para o outro. “Aqui no limite do Brasil com o Uruguai não tem fiscalização, os bandidos chegam nas propriedades em pequenas embarcações, encostam e atacam”, descreve Pedro Severo, que faz parte da quarta geração a cuidar das fazendas da família, em Barra do Quaraí. A equipe fica frente a frente com vários acusados pela polícia de praticarem o crime de abigeato, que significa roubo de gado, e ainda mostra interceptações telefônicas dos criminosos em ação.

Os repórteres viajam a Cacequí, a 400 km de Porto Alegre, onde os criminosos tiram o chão de quem não tem quase nada. A cidade de apenas 12 mil habitantes é considerada a capital do abigeato. Ali, Luiz Cláudio é borracheiro. Para ajudar no sustento da mulher e dos quatro filhos, cria animais no quintal de casa. A única vaca que garantia o leite das meninas pequenas foi roubada. “Os bandidos arrancaram o leite da boca dos meus filhos. Agora vou ter que arrumar dinheiro para comprar”, lamenta ele.

A família de Janete também foi afetada pelos roubos. Os filhos foram obrigados a abandonar a faculdade porque ficaram sem dinheiro após uma quadrilha roubar 11 vacas do sítio. “Ficou tudo muito apertado para nós, o jeito foi eles desistirem do sonho de estudar”, desabafa. Mesmo proprietários que investem em segurança e tecnologia estão vendo o gado desaparecer de suas terras. Por isso, investigam por contra própria o sumiço dos animais. “Já tive prejuízo de uns R$ 300 mil. Esses bois já morreram ou foram abatidos”, conta Gabriel Giacomini.

Produtores de leite preveem aumento de 6% neste ano.

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