De acordo com o comentarista Benedito Rosa, a medida tomada pelo governo não atende os pequenos e médios que sofreram com seca e pandemia

De acordo com o comentarista Benedito Rosa, a medida tomada pelo governo não atende os pequenos e médios que sofreram com seca e pandemia

04 de junho de 2020 às 09h00
Por Canal Rural

As chuvas voltaram ao Rio Grande do Sul, mas os efeitos da longa estiagem vão demorar para sair da lembrança e do bolso dos agricultores e pecuaristas. Endividados, produtores de leite estão tendo dificuldades para renegociar dívidas e buscar crédito.

Com um cenário de incerteza, o produtor Rafael Herman afirma que “o governo deveria intervir para que o produtor consiga chegar em uma instituição e buscar ajuda”.

De acordo com a Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), esses produtores já podem renegociar dívidas em até sete anos. O economista-chefe da entidade, Antônio da Luz, afirma que os produtores continuar pressionando os bancos e fazendo pedidos de renegociação.

O comentarista do Canal Rural Benedito Rosa afirma que essa questão é reincidente e vem de vários anos: os pequenos e médios produtores ficam vulneráveis às oscilações do mercado. Para resolver, segundo ele, seria necessária uma política visando a estabilidade mínima de renda.

“O governo tomou uma medida convencional e burocrática [a renegociação de dívidas]. O banco não oferece condições adequadas para aqueles com mais dificuldade em apresentar garantias de que vão pagar o que estão devendo”, afirma.

Benedito Rosa diz que o pequeno e médio produtor que sofre com a seca e pandemia deveria ter um atendimento especial, e que as medidas atuais não atendem nem rápida nem demoradamente.

A partir de segunda-feira, 18 de novembro, agricultores se mobilizam contra o acordo de livre-comércio entre a Europa e cinco países da América Latina, rejeitado pela França. François-Xavier Huard, CEO da Federação Nacional da Indústria de Laticínios (FNIL), explica a Capital as razões pelas quais o projeto enfrenta obstáculos.

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