ESPMEXENGBRAIND
30 abr 2025
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Uma antiga reivindicação da cadeia produtiva do leite será finalmente atendida.
SC

Uma antiga reivindicação da cadeia produtiva do leite será finalmente atendida. O campus da Udesc em Pinhalzinho anunciou nesta semana a contratação da obra de construção do Núcleo de Ciência, Tecnologia e Inovação do Leite – NCTI. A edificação terá 3.948 metros quadrados e será concluída no prazo de 540 dias ao custo de R$ 9,7 milhões. A empresa vencedora da licitação pública é a Construtora Oliveira, informa o diretor geral professor Cleuzir da Luz.

O Núcleo está orientado para a melhoria da qualidade e aumento da produtividade, além de diversificação do mix de produtos lácteos da região. A estrutura do NCTI será constituída por três segmentos: laboratório da qualidade do leite, indústria de lácteos em escala piloto e laboratório de pesquisa e inovação em leite e derivados.

O laboratório da qualidade do leite oferecerá análises para avaliação da qualidade do leite, incluído CCS (contagem de células somáticas), CPP (contagem padrão em placas), contaminantes, medicamentos e parâmetros físico-químicos. O mais importante, porém, será o credenciamento na rede brasileira de qualidade do leite do Ministério da Agricultura.

A indústria em escala piloto promoverá cursos e treinamentos, oficinas para inovação e diversificação de produtos e otimização de processos. O laboratório de pesquisa e inovação realizará pesquisa aplicada, buscará soluções para a necessidade do setor e estudará componentes, produtos e processos para toda a cadeia produtiva.

Zordan realçou que o oeste produz hoje o melhor leite do Brasil e que o laboratório trará mais desenvolvimento para a região e dará a segurança do melhor produto. “Vem endossar tudo o que está sendo feito. Esse laboratório nos dará cobertura para tudo o que vamos precisar em qualidade e produtividade”.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (FAESC) José Zeferino Pedrozo saudou com entusiasmo o anúncio do empreendimento. “Esse investimento será muito importante, não somente para os produtores, mas especialmente para as indústrias. Era muito esperado, pois o grande oeste de Santa Catarina responde pela maior parte do leite produzido em território barriga-verde”, comemorou.

Pedrozo observou que atualmente não há laboratório certificado para análise da qualidade do leite em Santa Catarina, sendo que a demanda de análises do setor leiteiro é enviada para Curitiba no Paraná ou Passo Fundo no Rio Grande do Sul. “Vai representar rapidez nos resultados e uma grande redução de custos. Será um grande aliado no controle da sanidade do rebanho” acrescentou.

O gestor estadual do agro do Sebrae/SC Enio Albérto Parmeggiani lembrou que o projeto de desenvolvimento e integração fronteiriça apontava, desde 2014, a necessidade do laboratório, bem como os projetos Líder e Encadeamento Produtivo da Aurora Coop. “É um grande gesto de integração entre a universidade e o mercado que permitirá a qualificação de mão de obra, a pesquisa e a inovação”.

O gestor aponta que, atualmente, as indústrias geram 40 ou 50 produtos lácteos enquanto uma Nova Zelândia, por exemplo, tem 1.400 produtos. “Há muito campo para pesquisar e crescer”, encerrou Parmeggiani.

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