Boas histórias fazem parte do universo dos negócios. Acima de todos os desafios, os grandes empreendedores trazem consigo superação e paixão.

Boas histórias fazem parte do universo dos negócios. Acima de todos os desafios, os grandes empreendedores trazem consigo superação e paixão. Cícero Hegg, fundador da Tirolez, subiu ao palco do 10º Fórum Internacional de Gestão de Redes de Franquias e Negócios para contar o segredo do sucesso da marca, baseado em ingredientes como paixão pelo que se faz, intuição e desenvolvimento de pessoas.

“A cada cinco brasileiros, dois são empreendedores. A veia vem da necessidade ou da oportunidade. Nessa balança, vemos sonhos se mantendo vivos. Há pessoas que tentaram, fracassaram, tentaram novamente ou mudaram de negócios. Acima de tudo temos pessoas com muitas histórias para contar. Elas inspiram as pessoas com resiliência e superação”,  ressaltou Caroline Bittencourt, diretora de inteligência de mercado do Grupo BITTENCOURT.

A Tirolez começou com Cícero e o irmão, Carlos Hegg, com pouco conhecimento sobre o mercado de laticínios. Com apenas um mês, a empresa entrou em sua primeira crise, que perdurou por outros 14 meses. “A perseverança e a sinceridade foram fundamentais para começar essa e outras turbulências que enfrentamos”, explicou.

Ao longo da trajetória, a empresa estabeleceu relações de confiança com colaboradores e demais entes da cadeia produtiva. A confiança estabelecida foi fundamental para superar momentos como a crise econômica de 1992, após o impeachment do presidente da república. “Naquele momento, fomos sinceros com os produtores de leite. Não poderíamos pagar aquilo que estávamos pagando e abrimos o jogo com eles”, destacou Hegg.

Para o empreendedor, a paixão deve mover os negócios. “É possível fazer as coisas principalmente se a gente ouve o coração. A tecnologia não vai funcionar se não houver o calor humano. Se você não gostar de gente, o seu negócio não rende. Assim, o lucro e dinheiro são consequências de um trabalho bem feito”, ressalta.

Movidos pela paixão, Cícero apostou na intuição e liderou iniciativas como a criação da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (ABIQ), passou a exportar produtos e entrou no mercado de queijos especiais.

A Tirolez aposta também no desenvolvimento de pessoas para seguir progredindo. Após passar por um programa de conhecimento pessoal, Cícero Hegg decidiu estimular isso nos colaboradores. A empresa vem realizando, desde 2002, um programa de Gente e Gestão, que atua em áreas como educação política, português e matemática.

Baseado nesses princípios, a empresa está chegando aos 40 anos com seis unidade produtoras, cerca de 1.600 colaboradores, produzindo mais de 30 quilos de queijos e exportando para mercados como Estados Unidos, África e Europa.

Nesse período, o mercado mudou e houve a entrada das maiores produtoras de queijo do mundo no país. Mesmo com o acirramento da concorrência, Hegg aposta em diferenciais que a Tirolez apresentou diversas vezes ao mercado. “Para disputar espaço com os gigantes, seguimos acreditando em nossa cultura, na paixão e na capacidade de se reinventar sempre”, finalizou.

Consumidores brasileiros têm se surpreendido com a alteração do nome do queijo nas embalagens. Essa mudança foi definida em um acordo entre União Europeia e Mercosul.

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