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18 dez 2024
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Com razão, os bezerros antes da desmama requerem muita atenção, trabalho e concentração. Mas, se a transição para o desmame der errado, o mesmo acontecerá com sua saúde e produtividade.

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Com razão, os bezerros antes da desmama requerem muita atenção, trabalho e concentração. Mas, se a transição para o desmame der errado, o mesmo acontecerá com sua saúde e produtividade.

De acordo com os padrões de ouro da Dairy Calf and Heifer Association, 50% do crescimento da estatura e 25% do ganho de peso ao longo da vida ocorrem nos primeiros 6 meses de vida de um bezerro leiteiro. Isto significa que as semanas após o desmame são tão críticas quanto as anteriores.

Aqui estão conselhos importantes para se evitar a depressão pós-desmame, oferecidos pela Dra. Donna Amaral-Phillips (da University of Kentucky Dairy Extension) e pelo Dr. Troy Wistuba (da Purina Animal Nutrition).

Faça uma mudança de cada vez: Para reduzir o estresse do desmame, faça mudanças gradativas, aconselha Amaral-Phillips. Os exemplos incluem reduzir as mamadas diárias para 1 vez, por alguns dias, ou reduzir os volumes do alimentador automático antes da desmama completa, bem como manter os bezerros com o mesmo concentrado do pré-desmame, quando eles forem para o novo alojamento. Muitos produtores também conseguem manter os bezerros no mesmo ambiente por uma semana após o desmame. A ordem das mudanças pode ser personalizada para cada fazenda, mas o objetivo é permitir que os bezerros se ajustem a uma mudança antes de fazer outra.

Faça as transições na dieta com calma: Wistuba alerta que a mudança abrupta de uma dieta baseada principalmente no leite para uma alimentação com grãos e forragem perturba os micróbios que vivem no trato digestivo do bezerro. Ele aconselha o fornecimento de uma ração inicial, rica em proteínas (22%), a vontade durante as primeiras 10-12 semanas de vida até que atinjam 4,5 kg de ingestão diária. Em seguida, a transição para uma alimentação com concentrado (18%) e feno a vontade por mais 12 semanas.

Aloje em pequenos grupos: Amaral-Phillips sugere que o primeiro grupo pós-desmame, de bezerros criados individualmente ou em duplas, deve ser de 6 animais ou menos. Isto permite que as novilhas aprendam a interagir em um ambiente de grupo, a encontrar a fonte de água e acessar a alimentação sem uma competição estressante. Os bezerros criados em baias com alimentação automática devem ser mantidos nos mesmos grupos após o desmame.

Faça instalações de fácil manejo: “Novilhas leiteiras de 2 a 4 meses de idade precisam de 30 a 45 centímetros de espaço de cocho por cabeça”, afirma Amaral-Phillips. “A altura deve permitir que todos os animais alcancem facilmente o comedouro também”. Como em instalações do pré-desmame, o objetivo é que o ar circule sem criar uma corrente. Para ela, também, cama seca e uma superfície de caminhada livre de lama, gelo e neve também são essenciais para que as novilhas não desperdicem energia extra para se manterem aquecidas quando caminharem até a fonte de alimentação.

Forneça alimentos conforme as necessidades: Considerar o teor de proteína total da dieta é crítico, de acordo com Amaral-Phillips. “Em novilhas jovens, concentrados com baixo teor de proteína (12-14% de proteína bruta) muitas vezes não permitem a ingestão adequada de proteína para o crescimento do esqueleto dos animais, quando combinadas com forragens com menos de 18-20% de proteína bruta”, afirma ela. 

Inclua um coccidiocida: O controle da coccidiose ajuda a manter os bezerros desmamados em um plano de crescimento saudável. Amaral-Phillips observa que adicionar um coccidiocida – Rumensin, por exemplo – à ração pós-desmame é especialmente importante se um coccidiostático – Deccox, por exemplo – foi incluído na ração inicial pré-desmame. “Se o coccidiostático for removido da dieta após o desmame, o protozoário coccidiano pode completar seu ciclo de vida e causar uma quebra na proteção contra coccidiose”, explica ela. Os coccidiocidas também mostraram melhorar a eficiência alimentar e o ganho de peso.

Dê ao rúmen o que é necessário: De acordo com Wistuba, o volume ruminal dobra cinco vezes de 8 a 24 semanas de vida. O fornecimento de ração inicial e água, a vontade, já no terceiro dia após o nascimento desencadeia reações químicas que alimentam o desenvolvimento das papilas ruminais. Mas, mudar para uma dieta a base de forragem – seja feno ou silagem – de forma abrupta após o desmame pode travar o desenvolvimento ruminal e afetar a eficiência alimentar a longo prazo. Ambos os especialistas aconselham incluir um concentrado balanceado até as 24 semanas de idade. Nesse momento, o rúmen está totalmente desenvolvido e as novilhas estão prontas para a transição para uma dieta de forragem fermentada.

Tomar essas medidas ajudará a garantir que o esforço, os recursos e o tempo despendidos na fase de pré-desmame não sejam perdidos no período pós-desmame. “Não existe um botão ‘desfazer’ ou uma maneira de compensar o terreno perdido durante o pós-desmame”, afirma Wistuba.

 

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