Previsão para o pagamento ao produtor em fevereiro referente ao leite captado em janeiro, em valores médios, é de cerca de 5%, segundo pesquisadora do Cepea.
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Ano começa de forma atípica para para o setor leiteiro, com seca nas bacias, queda na captação e viés altista de preços

Em um início de ano em que se espera chuvas abundantes, renovando as pastagens e aumentando a captação de leite, o que o produtor está vivenciando é algo contrário: estiagem nas principais bacias leiteiras, redução na produção e consequente viés de alta nos preços.

As informações são da pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Natália Grigol. Segundo ela, apesar deste viés altista, não significa que o produtor terá grandes margens de lucro, uma vez que os custos de produção, apesar de menos voláteis, seguem em patamares altos.

A especialista detalha que os efeitos do La Niña ainda causam impactos, com seca severa no Sul do país e excesso de precipitações no Sudeste e Centro-Oeste, o que vem diminuindo a produção e fazendo com que as indústrias iniciem uma disputa pelo leite. “A expectativa para o pagamento de fevereiro, referente ao leite captado em janeiro, é de que haja uma alta na média de preços no brasil na ordem de 5%”, explica.

Este cenário deve manter os preços ao produtor firmes neste primeiro trimestre, de acordo com Natália, o que deve chamar a atenção para as importações do leite em pó em uma tentativa de modular os preços, caso haja uma alta substancial na ponta consumidora. “Por enquanto, vemos ainda uma dificuldade no repasse até o consumidor, uma vez que a demanda já está enfraquecida”, afirmou.

Consumidores brasileiros têm se surpreendido com a alteração do nome do queijo nas embalagens. Essa mudança foi definida em um acordo entre União Europeia e Mercosul.

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