O mercado mundial de lácteos apresenta um panorama ameaçador devido à combinação da incerteza que ainda persiste sobre a pandemia da Covid-19, o aumento da produção 

mercado mundial de lácteos apresenta um panorama ameaçador devido à combinação da incerteza que ainda persiste sobre a pandemia da Covid-19, o aumento da produção e o fechamento comercial, além do recente acordo entre 15 nações asiáticas e o Pacífico na Parceria econômica regional abrangente (RCEP).

“As preocupações com a piora da demanda colidem com o aumento da oferta à medida que o leite inunda o mercado”, disse uma análise publicada pela especialista Sarina Sharp no site Dairy Business em Indianápolis, EUA. “As infecções causadas pela Covid-19 aumentam e ameaçam afundar a recuperação econômica. Isso provavelmente suprimirá a demanda por laticínios. Mais alunos estão aprendendo remotamente e empresas e famílias estão avaliando suas festas natalinas”, resumiu, de acordo com a tradução divulgada pelo Observatório da Cadeia do Leite Argentina (OCLA).

O artigo observa que a produção de leite dos Estados Unidos totalizou 8,4 bilhões de quilos no mês passado, 2,3% a mais do que em outubro de 2019, no mesmo nível do forte aumento anual registrado em setembro. Os produtores de leite continuam fazendo avanços impressionantes na produção por vaca, com a produção de leite 1,9% maior do que há um ano. Desde julho, a produção de leite por vaca nos EUA cresceu na taxa mais rápida desde o início de 2017. Além disso, o investimento em genética e tecnologia sugere um crescimento futuro sustentado no setor.

Quanto a outros países, Sharp disse que a produção na Europa e no Reino Unido superou a do ano anterior por respeitáveis 1,4% em setembro. A Nova Zelândia relatou um aumento de 1,7% durante o mesmo mês, enquanto a produção australiana aumentou 2%. A produção de leite argentina cresceu 3,6%. Em outubro, a produção de leite do México, principal mercado de exportação da América do Norte, cresceu 1,6%.

“Se a indústria de lácteos dos EUA vai se expandir nesse ritmo, precisaremos aumentar as exportações, mas isso será difícil com o crescimento de nossos concorrentes. O dólar fraco e os preços relativamente baixos dos lácteos devem ajudar, mas a indústria continua a perder terreno na frente política. Esta semana, 15 nações da Ásia e do Pacífico assinaram a Parceria econômica regional abrangente (RCEP), o maior acordo de livre comércio do mundo. Os signatários incluem exportadores de laticínios, como Austrália e Nova Zelândia, e importadores importantes, como China, Coréia do Sul, Filipinas e Vietnã.”

“A grande produção de leite continua afetando os preços dos lácteos, embora os produtos em pó tenham se mostrado resilientes”, alertou a analista. O soro spot desidratado na CME ganhou 0,75 cents esta semana e atingiu 43,75 cents por libra, uma nova alta em 22 meses. Os preços do leite em pó subiram no leilão da Global Dairy Trade, mas caíram em Chicago. O leite em pó desnatado da CME caiu 0,25 cents nesta semana para US$ 1.085. As exportações ajudaram a manter os estoques de soro e leite em pó desnatado sob controle.

A partir de segunda-feira, 18 de novembro, agricultores se mobilizam contra o acordo de livre-comércio entre a Europa e cinco países da América Latina, rejeitado pela França. François-Xavier Huard, CEO da Federação Nacional da Indústria de Laticínios (FNIL), explica a Capital as razões pelas quais o projeto enfrenta obstáculos.

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