Novas tarifas
A guerra comercial desencadeada por Trump há um ano e meio continuou na semana passada com o anúncio da imposição de tarifas suplementares até o final do ano a todos os bens importados da China.
Mais de 250 bilhões dos 540 bilhões de dólares importados no ano passado foram penalizados até agora com tarifas adicionais.
Pequim deve replicar com um aumento em suas tarifas sobre 75 bilhões de dólares em produtos americanos.
Centenas de empresas e câmaras profissionais dos EUA pediram na quarta-feira para a Casa Branca evitar a imposição de novas tarifas. Eles alegaram que isso pode destruir os empregos e o consumo dos americanos.
Mas na sexta-feira, Trump, que almeja conquistar um novo mandato, criticou as empresas.
“As empresas mal administradas e fracas acusam habilmente essas pequenas tarifas, em vez de elas mesmas, por sua gestão ruim (…) E quem pode realmente acusá-las de fazer isso? São desculpas!”, disse ele no Twitter.
A confiança dos consumidores registrou, em agosto, a maior queda desde dezembro de 2012, segundo pesquisa da Universidade de Michigan.
“Os dados indicam que a erosão da confiança do consumidor devido às práticas tarifárias foi consolidada”, afirmou Richard Curtin, economista que realiza a pesquisa bimensal, na sexta-feira.
O fato de certos produtos não sofrerem aumento de tarifas para a China antes de 15 de dezembro sugere que o governo Trump possa temer o impacto de uma nova escalada. Entre eles, estão celulares e laptops, consoles de jogos, alguns brinquedos e roupas esportivas.
Nos Estados Unidos, o consumo gera 75% do crescimento do PIB.