A empresa também quer reduzir o desperdício de alimentos pela metade em um prazo mais curto do que o planejado anteriormente e dobrar o número de produtos nutritivos até 2025

Unilever quer quintuplicar as vendas de carne e laticínios à base de plantas para atender à crescente demanda por alimentos mais saudáveis e ecologicamente corretos.

A gigante de alimentos tem como meta 1 bilhão de euros (US$ 1,2 bilhão) em vendas de proteínas alternativas nos próximos cinco a sete anos por meio de sua marca de carne vegetal Vegetarian Butcher e versões veganas dos principais produtos, como maionese Hellmann’s e sorvete Magnum.

A empresa também quer reduzir o desperdício de alimentos pela metade em um prazo mais curto do que o planejado anteriormente e dobrar o número de produtos nutritivos até 2025.

“Em um ano de Covid, muitas pessoas estão mais conscientes sobre a saúde”, disse Hanneke Faber, presidente de alimentos e bebidas da Unilever. Produtos vegetais se posicionam “entre a minha própria saúde e a saúde do planeta. É algo que consumidores estão cientes e desejam”, afirmou a executiva em entrevista.

A demanda por proteínas alternativas cresceu rapidamente nos últimos anos. A mudança climática e preocupações com a saúde aumentaram o interesse de consumidores por produtos como hambúrgueres vegetais e leite de aveia. Outras empresas também investem no setor, como a Nestlé, que projeta potencial de crescimento de dois dígitos a longo prazo para substitutos de carne à base de plantas.

Cerca de 40% das gigantes mundiais de alimentos – como Kroger e Tesco – agora têm equipes dedicadas para desenvolver e vender alternativas vegetais para carnes e laticínios, disse a rede de investidores Fairr.

A Unilever comprou a Vegetarian Butcher há dois anos, e Faber disse que as vendas de hambúrgueres e nuggets de frango à base de plantas estão “crescendo explosivamente”. A marca atende à rede Burger King e está presente em mais de 30 países. A empresa planeja se expandir ainda mais e investir em sorvetes veganos e inovação em maionese, disse.

A pandemia de coronavírus fez com que consumidores se alimentassem de maneira mais saudável, algo que deve continuar quando a crise passar, disse Faber. À medida que mais pessoas buscam alimentos que ajudem na proteção contra doenças, a Unilever promete dobrar a oferta de produtos ricos em vegetais, proteínas e micronutrientes até 2025 e continuar a reduzir o sal ou o açúcar em alimentos como sopas e sorvetes.

A maior vendedora de maionese e sorvetes do mundo agora planeja reduzir pela metade o desperdício de alimentos até 2025 – antecipando a meta original em cinco anos – por meio de uma série de medidas, como o uso de inteligência artificial para prever melhor as compras e vendas. A empresa também usará campanhas de marca para incentivar consumidores a reduzirem o desperdício.

“Usaremos nossas marcas para que os consumidores mudem”, disse Faber. “Não depende de nós decidirmos o que as pessoas querem comer, mas depende de nós tornarmos opções mais saudáveis e à base de plantas acessíveis a todos.”

Consumidores brasileiros têm se surpreendido com a alteração do nome do queijo nas embalagens. Essa mudança foi definida em um acordo entre União Europeia e Mercosul.

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