O faturamento das exportações lácteas nos primeiros sete meses de 2021 melhorou 12% em comparação com o mesmo período de 2020, totalizando US$ 400,1 milhões.

Exportações/UR – O faturamento das exportações lácteas nos primeiros sete meses de 2021 melhorou 12% em comparação com o mesmo período de 2020, totalizando US$ 400,1 milhões.

Apoiado no maior faturamento do leite em pó integral (+15%), o leite em pó desnatado (+23%) e do queijo (+3%), as exportações acumuladas nos primeiros sete meses do ano foram 12% superiores às do mesmo período de 2020, segundo dados do Instituo Nacional do Leite (Inale) que informaram também a estabilidade das exportações da manteiga.

Consultada por El País, a economista da área de Informação e Estudos Econômicos do Inale, Mercedes Baraibar, comentou que o incremento se deu em valor e está fundamentalmente sustentado pelo leite em pó integral, o produto que mais pesa na cesta de lácteos exportados pelo Uruguai, e que teve crescimento de 15%, chegando a US$ 278,2 milhões.

A especialista mencionou nos primeiros meses de 2020 que o preço dos lácteos era “relativamente significativo”, na ordem de US$ 3000/tonelada, mas o impacto do Covid-19 no final do primeiro semestre do ano passado provocou uma queda nos preços, basicamente do leite em pó integral, a principal commodity. Portanto, disse que “nós comparamos com preço internacionais muito mais elevados do que na mesma altura de 2020”.

As exportações de leite em pó integral tiveram incremento de 4% em volume que também teve um impacto positivo (81,5 milhões de toneladas) mas o fator que contribui para o crescimento foram os preços. “Os preços de todos os produtos aumentaram: o leite em pó integral, o desnatado, o queijo, a manteiga”, acrescentou. Sem dúvida, por não serem produtos de peso na cesta o impacto foi menor.

Por sua vez, a economista esclareceu que os preços da plataforma Global Dairy Trade, da Fronteira, não se refletiram necessariamente na realidade uruguaia. “Os preços internacionais dispararam e deixam um importante incremento, mas isso não chega ao s preços de exportações dos países exportadores. Na Fronteira os preços cotados foram de US$ 4.000 a tonelada, mas os negócios estavam pactuados em meses anteriores, por isso, não necessariamente os preços de referência se espalham, existe uma lacuna”, disse.

Baraibar explicou que para o segundo semestre se espera que os preços “não mudem significativamente”, inclusive o leite em pó integral pode manter-se estável, ou até ter um pequeno ajuste para baixo. Isto ocorre porque nos primeiros quatro meses do ano a produção mundial dos países exportadores se manteve relativamente estável e a demanda chinesa muito intensa, resultando nos preços elevados.

“Para o resto do ano, pode ser observado algum ajuste para baixo, mas não deve ser significativo. Prevemos que se mantenha em torno de US$ 3.500 a US$ 3.800 a tonelada”, disse.

Mercados. China Argélia e Brasil são os três principais destinos para onde o Uruguai envia seus lácteos. Em 2021, a China adquiriu 31% do leite em pó exportado; a Argélia 27%; e o Brasil 22%. Por outro lado, Cuba comprou 6% deste produto; Chile 3%; e Panamá quase 2%. O resto dos países levaram menos doe 20 mil toneladas, e são, basicamente, uns 39 mercados do Oriente Médio e África.

O leite em pó desnatado, mesmo que pese pouco na faturamento final, o Brasil é o principal comprador com 68%; destacando-se também nos queijos com 29%. O México compra 23% dos queijos e a Rússia 15%.

Cerca de 30% da produção da manteiga vai para a Rússia, o destino mais firme da manteiga Uruguaia. 

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