ESPMEXENGBRAIND
7 out 2025
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7 out 2025
Magno Ribeiro Borges trocou o gado de corte pela produção de leite. Com apenas 16 vacas, produz 380 litros por dia e recebe R$ 2,50 por litro, o maior valor da história em Mato Grosso.
Vacas
Magno Ribeiro Borges cambió el ganado de corte por el de leche y convirtió su pequeña granja en un ejemplo de éxito y esperanza en el interior de Mato Grosso.

No distrito de Veranópolis, em Confresa (MT), um produtor rural decidiu mudar de vida e apostar no leite como principal fonte de renda. Magno Ribeiro Borges transformou sua criação de gado de corte em uma fazenda leiteira e, com 16 vacas em lactação, já alcança uma produção média de 380 litros por dia.

Segundo Magno, em uma propriedade familiar de 43 hectares, o leite oferece retorno financeiro mais rápido e investimento menor do que o gado de corte.

“Propriedade pequena não compensa ter gado branco porque o financeiro demora muito. Com o leite, temos investimento baixo e retorno rápido”, explica o produtor.

Preço recorde motiva os produtores

Um dos principais motivos para a mudança foi o preço pago pelo litro de leite: R$ 2,50, valor acima da média estadual de R$ 2,31 registrada no primeiro semestre de 2025 — um aumento de 14,25 % em relação ao mesmo período do ano anterior.

De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), essa valorização representa o maior preço histórico do leite em Mato Grosso nos últimos dez anos, impulsionando o entusiasmo de produtores locais e atraindo novos investimentos no setor.

Uma produção familiar que cresce junto

A rotina na fazenda é totalmente familiar: a esposa de Magno participa de todas as etapas da produção, o filho de 14 anos ajuda na ordenha, e o caçula de apenas 6 anos já auxilia nos cuidados com os bezerros.

O produtor planeja ampliar o rebanho de 16 para 25 vacas em lactação, o que pode elevar a produção diária para cerca de 500 litros. E se o bom momento do mercado continuar, o objetivo é ambicioso: chegar a 1.000 litros por dia até o final do ano.

Magno também comemora as boas chuvas que melhoraram o pasto e reduziram a necessidade de ração. “Já paguei R$ 42 na saca de milho de 60 kg, então isso faz diferença no custo”, destaca.

O cenário do leite em Mato Grosso

Segundo dados do IBGE citados pela reportagem, Mato Grosso possui atualmente 262,9 mil vacas ordenhadas. O município de Confresa lidera o ranking estadual, com 14.331 vacas leiteiras e produção anual de 19,66 milhões de litros de leite.

Esse desempenho reforça o papel dos pequenos e médios produtores, que mantêm viva a economia rural e ajudam a garantir o abastecimento local.

Desafios e oportunidades no campo

Os desafios seguem presentes: manter a rentabilidade em um mercado volátil, equilibrar custos de produção e lidar com as variações climáticas são fatores decisivos para o sucesso.

Mas também há oportunidades. A diversificação, com a produção de queijos, iogurtes e derivados, pode agregar valor à matéria-prima e fortalecer a identidade regional. Além disso, o interesse crescente dos consumidores por alimentos de origem rastreável e de pequenos produtores abre novas portas para o setor.

Magno participa, inclusive, de uma campanha da Associação de Produtores de Leite de Mato Grosso (MT Leite) intitulada “Do campo à sua mesa: a qualidade do nosso leite”. A iniciativa busca aproximar o consumidor da produção, valorizando o trabalho de quem está no campo e promovendo uma nova consciência sobre o papel do leite na alimentação brasileira.

“O futuro é de crescimento e valorização. Queremos que a sociedade reconheça o valor do litro de leite que consome e se conecte com o campo. Essa é a nossa maior riqueza”, diz o produtor.

Um exemplo de transformação e esperança

A história de Magno Ribeiro Borges mostra o caminho de muitos pequenos produtores que enxergam no leite uma chance real de desenvolvimento. A produção familiar, aliada ao esforço e à valorização do mercado, reforça o potencial do setor para gerar renda e promover inclusão social.

Com visão e coragem, Magno provou que o leite pode ser mais do que um produto, pode ser um instrumento de transformação rural e de orgulho para Mato Grosso.

Adaptado para eDairyNews, com informações de Primeira Página

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