Ministério Público abriu inquérito para apurar se município e Procon estão fiscalizando.
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MP pede para que prefeitura de Gurupi fiscalize a venda de leite in natura nas feiras

MP pede para que prefeitura de Gurupi fiscalize a venda de leite in natura nas feiras

A venda de leite in natura voltou a ser alvo dos órgãos de fiscalização em Gurupi, na região sul do estado. Desta vez, depois de denúncias, o Ministério Público Estadual abriu um inquérito para apurar se a Vigilância Sanitária de Gurupi e o Procon estão fiscalizando a venda do produto cru nas feiras da cidade.

A venda de leite in natura é proibida por lei federal há cerca de 40 anos. Mas só no ano passado a Prefeitura de Gurupi começou a cobrar o cumprimento da lei pelos vendedores locais. A medida segue gerando polêmica entre produtores rurais da região.

O MPE deu 30 dias para a prefeitura fiscalizar este comércio e apresentar um relatório sobre a condição em que o leite tem sido vendido em Gurupi. O secretário de produção rural e meio ambiente, Pedro Dias, admitiu que a fiscalização desse mercado foi deixada de lado na pandemia.

“No período da pandemia nós tivemos aí uma paralisação dessas atividades do serviço de fiscalização, vamos dizer que a gente acomodou um pouco. Então eu acho que realmente tem sentido a preocupação do Ministério Público, está correto, nós não queremos criar nenhum obstáculo à atuação do MPE. Nós estamos aqui para cumprir o que determina a lei”, disse.

Venda de leite cru é proibida por lei federal — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Venda de leite cru é proibida por lei federal — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A saída para os produtores rurais seria começar a pasteurizar o leite e conseguir as licenças sanitárias. Só que o investimento é alto.

“O custo para regularizar fica muito alto. Hoje uma máquina de pasteurização é em torno de R$ 6 mil. A gente passou a trazer o leite para ganhar um extra no meio dessa pandemia e a gente não tem condição de regularizar. Meu leite é muito pouco, para uma feira dessas tenho em torno de 50 litros só”, disse o produtor rural Antônio Cesar.

A feirante Girleide Faustino vende o queijo e também está autorizada a vender o leite pasteurizado. Ela conta que o precisou investir quase R$ 30 mil pra comprar as máquinas de pasteurização e conseguir o selo de inspeção municipal.

“Quando nós fomos regularizar não foi fácil, foi muito difícil. O custo é muito alto e foi no início da pandeia, aí tudo ficou muito difícil”, contou.

A prefeitura diz que vai buscar incentivos para ajudar os pequenos produtores que serão atingidos pela proibição. “Nós vamos criar mecanismos para incentivar principalmente a pequena indústria para que ela possa prestar um serviço de qualidade e a custo compatível com o que o produtor possa arcar”, prometeu o secretário.

O Procon informou à TV Anhanguera que não iria se manifestar sobre o inquérito do MPE.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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