O mercado brasileiro de genética bovina teve crescimento expressivo em 2021. Segundo o relatório Index Asbia, da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), o número de doses de sêmen comercializadas no ano passado chegou a 28,7 milhões, considerando vendas para cliente final, exportação e prestação de serviço nos segmentos de corte e leite. Isso representa um acréscimo de 21,1% em relação aos números de 2020.
A exportação cresceu 70%. Foram comercializadas para o exterior 865,7 mil doses. Já as importações aumentaram 12% e alcançaram 11,9 milhões de doses. A coleta de sêmen no país avançou 61% e chegou a 35,8 milhões de doses. O segmento corte segue representando a maior parcela do mercado, com 19,8 milhões de doses entre as vendas para cliente final. O crescimento neste setor foi de 22%. No segmento gado de leite, foram comercializadas 5,5 milhões de doses.
“Rebanhos que fazem mais inseminação provavelmente estão melhorando sua eficiência reprodutiva”, afirma o diretor de marketing da Asbia, Fernando Velloso. De acordo com ele, houve um crescimento importante no desempenho das raças zebuínas. A Nelore é hoje a que mais vende sêmen no país. Um dos motivos é a necessidade de retenção de fêmeas da raça para reposição, em função da ampliação dos rebanhos de cria.
No Rio Grande do Sul, as vendas estão concentradas principalmente nas regiões da Fronteira-Oeste e Campanha. O percentual de matrizes de corte inseminadas no Estado é de 32,4%, acima da média nacional, que é de 26%. No segmento leite, o percentual do Rio Grande do Sul é de 21,2%, também superior à média do país, de 11,9%.