Em maio, os volumes de produtos lácteos importados e exportados pelo Brasil aumentaram frente ao mês anterior. A moeda norte-americana teve média de R$ 5,64 em maio, 5,8% acima da registrada em abril, cenário que favoreceu os embarques nacionais. O total de lácteos vendido ao mercado externo foi de 2,4 mil toneladas em maio, alta de 21,7% frente ao volume de abril. As importações, por sua vez, aumentaram devido à baixa oferta de derivados no mercado doméstico.
O leite condensado e o creme de leite, juntos, representaram 72,5% do volume total exportado pelo Brasil em maio. Para o primeiro derivado, os embarques totalizaram 1,2 mil toneladas e, para o segundo, 560 toneladas, aumentos de 76,5% e 50,5%, respectivamente, frente a abril. As cotações desses produtos estiveram mais atrativas no mercado internacional, com médias de US$ 2,26/ kg e US$ 3,77/kg, reduções de 6,3% e 8% em relação aos valores médios do mês anterior, na mesma ordem.
Na comparação com maio de 2019, as exportações de leite condensado e creme de leite estiveram mais elevadas neste ano, com altas de 31,3% e 24,4%, respectivamente.
Quanto às importações de lácteos, também apresentaram aumento no volume total. Este cenário está atrelado à escassez de matéria-prima no mercado interno, devido ao período de entressafra e aos impactos da covid-19. A desaceleração pontual da demanda afetou a produção de leite.
O volume importado de leite em pó, que representou 47,6% do total em maio, foi de 3,6 mil toneladas, alta de 6,7% na comparação com o mês anterior. O segundo produto mais adquirido foi o soro de leite, com participação de 28,7%: as vendas somaram 2,1 mil toneladas, o dobro do volume registrado em abril/20.
A quantidade total importada de lácteos esteve 45,8% abaixo dos patamares de maio/19, o que está diretamente relacionado à redução das compras de leite em pó, queijos e manteiga também no comparativo anual. BALANÇA COMERCIAL – Em termos de receita, a balança comercial registrou déficit de US$ 19,1 milhões em maio, aumento de 1,7% em relação ao registrado em abril. Em volume, o déficit foi de 5,1 mil toneladas, elevação de 22,8% na mesma comparação. Mesmo com o aumento do total importado, que influenciou no aumento do déficit, este volume ainda é um dos menores dos últimos dois anos.