ESPMEXENGBRAIND
30 set 2025
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30 set 2025
Com investimento de R$ 86 milhões, Nestlé amplia capacidade logística no Nordeste e agiliza entregas.
Documento vazado pelo Financial Times mostrou que boa parte dos produtos da Nestlé jamais poderiam ser considerados saudáveis - AFP. Pecas

Nestlé inaugurou um novo centro de distribuição no Nordeste, localizado em Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, com o objetivo de reduzir o prazo médio de entrega de seus produtos em até quatro dias.

Segundo a companhia, o espaço recebeu um investimento de R$ 86 milhões e já é considerado um dos maiores da multinacional no Brasil.

A nova unidade passa a atender atacadistas, distribuidores, supermercados e redes regionais de todo o Nordeste, com o portfólio completo da Nestlé, incluindo alimentos, bebidas e a linha de petfood da marca Purina.

De acordo com a empresa, a estrutura tem capacidade anual de expedição superior a 128 mil toneladas e conta com mais de 15 mil posições-palete, o que permitirá a realização de cerca de 10 mil entregas por ano para pontos de venda da região.

Nordeste: mercado estratégico para a Nestlé

O Nordeste tem papel central no negócio da Nestlé Brasil, representando mais de 10% do faturamento nacional. A companhia destaca que categorias como chocolates, cafés, leites, achocolatados e produtos culinários, como Maggi, são especialmente relevantes na região.

Além disso, a logística da Purina também está integrada ao novo CD, fortalecendo a presença da marca em um mercado que cresce com rapidez no país.

Para Alexandre Teixeira, diretor-geral de Logística Física da Nestlé Brasil, a operação marca um avanço importante na estratégia de proximidade com clientes e consumidores:

“Com este novo centro de distribuição, conseguimos reforçar nossa conexão com os consumidores e garantimos a presença dos nossos produtos nas prateleiras dos supermercados de forma mais ágil e eficiente, evitando rupturas e fortalecendo nossa proximidade com nossos clientes e parceiros”, afirmou.

Redução de prazos e ganhos operacionais

Antes da inauguração da unidade, a média de entrega da Nestlé na região Nordeste era de até sete dias. Agora, com o novo centro, esse prazo poderá ser reduzido em até 96 horas, o que representa um ganho significativo de eficiência logística.

Para clientes como supermercados regionais, atacadistas e distribuidores, a redução no tempo de abastecimento é considerada estratégica, pois ajuda a manter as prateleiras sempre supridas, evitando faltas e perdas de vendas.

Além do impacto direto nos prazos, o CD foi desenvolvido dentro dos padrões globais de operação da companhia, com foco em digitalização de processos e sustentabilidade.

Entre os recursos implementados estão o agendamento integrado com transportadoras, gestão de documentos sem papel, separação e carregamento por ondas otimizadas e uma torre de controle com indicadores de produtividade em tempo real.

Fortalecimento da logística no Brasil

O novo centro de Pernambuco se soma a uma rede robusta de distribuição que a Nestlé já opera em outras regiões do país. Em paralelo, a companhia anunciou recentemente investimentos de R$ 500 milhões no setor de cafés, reforçando sua intenção de expandir tanto a capacidade industrial quanto a infraestrutura logística no Brasil.

A integração entre plantas industriais, centros de distribuição e canais de venda físicos e digitais é vista pela Nestlé como essencial para manter sua competitividade no mercado brasileiro, um dos maiores e mais dinâmicos do mundo em consumo de alimentos e bebidas.

Perspectivas para o setor

Com a abertura do centro de Cabo de Santo Agostinho, a Nestlé avança no atendimento ao Nordeste e sinaliza que a descentralização logística é um caminho irreversível para atender consumidores com mais rapidez.

O movimento também acompanha tendências do varejo, cada vez mais exigente em termos de prazos de reposição e disponibilidade de produtos.

O investimento de R$ 86 milhões reforça não apenas a importância da região para os negócios da empresa, mas também a confiança da multinacional no potencial de crescimento do consumo local.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Mercado&Consumo

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